A Miss Huíla 2018 foi ouvida na última Quinta-feira, 5, pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado do Serviço de Investigação Criminal, na província da Huíla
Beatriz Cardoso Alves, Miss Huíla 2018, tinha sido detida em Dezembro do ano de 2021 pelo seu envolvimento no crime de rapto e sequestro do próprio namorado.
O caso só se tornou público depois da detenção de dois jovens já condenados pelo Tribunal de Comarca do Lubango, numa pena de dois a 13 anos de prisão efectiva, como autores materiais do crime.
Depois de ter sido detida durante uma semana por ordem do Ministério Público, Beatriz Cardoso Alves foi solta, por alegada falta de provas, tendo passado de arguida para declarante.
Durante as sessões de audiência de julgamento deste processo registado sob o número 0768/2022-C, em que Beatriz Cardoso Alves aparece como declarante e ofendida, os dois jovens, sendo um deles António Francisco Fernandes, mais conhecido por Toni, suposto namorado de Beatriz Cardoso Alves, confessaram ter cometido o crime de sequestro contra Cristiano do Porto também namorado da Miss Huíla 2018, a mando da mesma.
A Miss Huíla 2018 apareceu no referido processo como ofendida, por supostamente ter sido vítima de abuso sexual com penetração durante o rapto, o que não ficou provado em tribunal, tendo os dois jovens sido absolvidos pelo mesmo.
Depois de analisadas as provas produzidas, a representante do Ministério Público, na pessoa da Procuradora-Geral da República junto do Tribunal de Comarca do Lubango, Yolene Cunha, pediu a reabertura do processo-crime contra Beatriz Cardoso Alves.
“Em função dos autos e da prova produzida durante as três audiências de julgamento, há fortes indícios de que a declarante Beatriz venha ser a autora moral do crime de rapto contra o ofendido Cristiano.
Assim requeiro que se extraiam cópias para a reabertura do processo-crime contra a declarante Beatriz Cardoso Alves”, solicitou a magistrada.
Solicitação
A solicitação foi aceite pelo juiz presidente da sessão de julgamento que decorreu no ano passado, Marcelino Tyamba.
Entretanto, o jornal OPAÍS soube de fonte segura junto do Serviço de Investigação Crimina, que Beatriz Cardoso Alves foi ouvida na passada Quinta-feira em audiência de interrogatório.
Sem revelar o desfecho, a mesma fonte disse que os já condenados Gerson Guerreiro Ramos e António Francisco Fernandes foram requisitados do estabelecimento prisional em que se encontram a cumprir a pena de 13 anos para uma acareação com Beatriz Cardoso Alves.