Cerca de 100 artistas angolanos, distribuídos em 5 galerias expositoras, vai participar na Iª Edição da Africell Luanda Feira de Arte/Art Fair Luanda 2024, a decorrer de 19 a 21, no Palácio de Ferro, em Luanda, sob o signo “De Angola para o Mundo”. O certame que será antecedido por uma Conferência de Imprensa sobre o seu lançamento, esta Quinta-feira, 11, no mesmo recinto, está a ser promovido pela empresa de produção de eventos artísticos, Maia Tanner.
Para dar maior sustentação ao evento, que por sinal é o mais novo ao nível das artes no nosso continente, foram seleccionadas as galerias, The Art Affair, o ELA-Espaço Luanda Arte, o Sky Gallery Espaço D' Arte, Tamar Golan e This Is Not A White Cube. Dominique Maia Tanner, o director da referida produtora, afirmou esta terça-feira, ao jornal OPAÍS, que o evento direccionado à promoção do Turismo Cultural em Angola começou a ser preparado ao pormenor de acordo com os desígnios da organização.
Afirmou que, a par do turismo, no centro das atenções, o certame incidirá também na formalização do trabalho dos artistas plásticos e no incentivo ao consumo das obras feitas em Angola. Reservar-se-á, de igual modo, a oferta de uma plataforma para artistas, através de galerias, coleccionadores, curadores, críticos e jornalistas em Luanda, para formalizarem, adicionarem valor e criarem conexões significativas na vanguarda da Arte Contemporânea em Angola.
A par dos objectivos já referenciados, a feira propõe-se também a fomentar igualmente a autovalorização da identidade cultural, a formalização e o resgate do sector das artes plásticas em Angola, incentivando as boas práticas e a união. Os seus promotores acreditam que isso será possível celebrando e reforçando a marca “Feito em Angola”, assim como a projecção da imagem do país de forma endógena local, em África e além-fronteiras.
Enquadramento turístico
Quanto à forma representativa do Turismo Cultural, Dominique Maia Tanner explicou que está subjacente à feira integralmente, uma vez que o público que irá visitar este certame poderá ter a oportunidade de fazer “cá dentro, o que muitas vezes anseiam ou sonham fazer fora do país”. “O turismo é uma forma de viajarmos dentro de nós próprios, resgatando a nossa identidade através da arte e cultura.
Talvez seja o turismo mais forte porque, como o amor, tem a ver connosco”, frisou. Acrescentou de seguida que “costumo dizer que só podemos conhecer o mundo se nos conhecermos primeiro e bem. Também, por isso, o lema & quot; De Angola para o Mundo, porque tem a ver como colocarmo-nos em prioridade máxima”.
Moderadores e temáticas
Questionado sobre a forma como estão organizadas as sessões de debates, adiantou que foram convidados mais de 40 moderadores ligados ao universo das artes, que por via das temáticas, sentar-se-ão à mesma mesa para discutir assuntos importantes relacionados à arte, com diversos temas. De acordo com o programa a que OPAÍS teve acesso, entre os temas se destacam
“Os Desafios das Galerias em Angola”, “Necessidade de um Museu de Arte”, “Formalização do trabalho artístico para a Economia Nacional”, “O Feminino na Arte em Angola”, entre outros aspectos. “Teremos um espaço para o programa de conversas, um outro para a pintura ao vivo, e, finalmente, uma área para uma exposição individual em têxtil, de Maria Belmira, uma homenagem singular a esta artista angolana, uma das mais relevantes da sua geração”.
No quadro do organigrama desta edição, a feira, com entrada livre, reserva para o dia 19, para “After Work (depois do trabalho), uma fusão de expressões e emoções e surpresas, a partir das 18 horas. O certame conta com o apoio da Africell, da Africell Impact Foundation, do Governo Provincial de Luanda, do Ministério da Cultura, da Louca Loiça Decoração e da Água da Chela. Pode ser visitado no período entre às 14 e 21 horas, com o extra de uma programação de conversas em torno das artes.