“Vinganças Pendentes” retrata a história de duas mulheres, uma abusada pelo pai e a outra pelo tio. Em torno desta situação, as duas mulheres decidem vingarem-se daqueles que os fizeram passar por esses momentos.
A CEO do projecto, Maria Teles Teixeira, referiu que com esta peça pretendem levar mensagem de conforto e coragem às mulheres que passaram por estes momentos que considera bastante opressivos nas suas vidas.
Uma situação que, conforme disse, tem destruído a vida de muitas mulheres que se sentem desamparadas diante desta situação, muitas das vezes sem o apoio da família ou mesmos dos amigos para poder ultrapassar essas ocorrências da melhor maneira possível.
Maria Teles avançou que o processo de produção tem decorrido conforme o esperado, apesar das dificuldades financeiras de que a classe e não só têm constatado durante a realização dos seus trabalhos.
“As dificuldades são aquelas que já sabemos, por falta de apoios. Então, tivemos que fazer a nossa produção com meios próprios, o que tem sido complicado.
Batemos várias portas, mas infelizmente nunca querem dar apoios”, constatou. Prosseguiu dizendo que “entendemos esta situação, porque a lei do mecenato não se faz sentir no país. Por isso, acredito que o facto tem feito com que os mecenas fiquem resistentes.
Questionam sempre o retorno que terão ao apoiar um determinado trabalho”. Diante de várias dificuldades para a produção da referida peça, defendeu a necessidade do Governo angolano, através do Ministério da Cultura, apostar na melhoria da lei do mecenato, por formas a atrair os mecenas, que são as empresas.
“Devem apoiar mais a cultura, porque descreve a origem de um povo. Então, devem apoiar a cultura, sobretudo o lado artístico. Se apoiam a música, devem também dar maior atenção ao teatro, artes plásticas, o cinema.