O título “Oceanos Plastificados visa chamar a atenção ao ser humano sobre o que tem sido feito no nosso planeta, pela sua ambição desmedida e descontrolada, cujas acções têm como consequência a destruição da natureza
A obra de artes plásticas intitulada “Oceanos Plastificados”, do artista plástico, Miguel Barros, volta a fazer eco na recém-inaugurada exposição Internacional de Arte, que decorre desde Sábado último, na Galeria Mega Art, na Itália.
O quadro, de 10×3 metros, em tons e paisagens foi feito a pensar Angola, no espirito do autor, cujas cores da terra, a alma de um povo, a coragem e resiliência, nunca são esquecidas.
Para a produção da referida obra, o artista socorreu-se de técnicas mistas: plástico, tecidos metalizados, usados em situações de emergência para proteger vítimas de acidentes e outros pintados à óleo.
Neste certame, onde foram desafiados artistas de todos os quadrantes, em torno da temática “Todas as Cores do Mundo”, Miguel Barros realça que decidiu seleccionar esta pintura por representar a “Terra”, tendo como inspiração África, o continente berço da humanidade.
“É uma pintura de 30 metros quadros, onde o meu esforço físico foi levado ao limite. Gostei muito de todo este desafio que me demonstrou que, com força de vontade, empenho, confiança e acreditar que não há limite, tudo é possível realizar sem qualquer espécie de dúvida”, admitiu o artista.
Miguel Barros referiu que cada artista foi desafiado a desenvolver os seus trabalhos segundo o conceito que este tema lhe sugerisse!
Acrescentou, igualmente, que a obra foi produzida a pensar na humanidade, como uma só espécie, sem o preconceito racial.
“Somos todos os mesmos, todos iguais, o que se tem representado nas nossas sociedades é fruto da ignorância terrível do mal, do racismo e do ódio fundamentado entre povos e culturas”, disse Miguel Barros.
O profissional entende que “ao pensar que o acesso de todos à informação resolveria os problemas do mundo, confrontamonos com outras realidades consideradas ásperas e complexas, e o ser humano ambicioso esquece-se do próximo e de que um dia todos partiremos”.
“Nada é eterno e ter esse facto presente a cada dia pode ser uma vantagem de que o dia-a-dia melhore e que cada um de nós faça o seu melhor para o bem comum, que somos todos nós, a humanidade como um só ser”, clarificou.
O artista sublinhou que nesta exposição internacional de arte decidiu representar um pedaço de si, levado de Angola e partilhar com todos.
Questionado sobre o título da obra “Oceanos Plastificados”, referiu que o conceito é chamar a atenção sobre o que andamos a fazer no nosso planeta, o único que todos os dias é posto em risco, pela ambição desmedida e descontrolada do ser humano, que não pensa nas suas consequências e nos efeitos da forma como vivemos a natureza.
Por: Augusto Nunes