A obra, com 109 páginas, retrata as problemáticas e dificuldades enfrentadas por muitos jovens africanos que imigram para Europa com o intuito de dar seguimento aos seus sonhos e objectivos, seja para a conclusão da formação académica, profissional, ou em busca de melhores condições de vida.
O livro, segundo o autor, faz um retrato daquilo que muitos jovens africanos, em especial angolanos, homens ou mulheres, enfrentam quando partem do continente africano e chegam à Europa para continuar seus estudos e encontram, na academia, uma geração europeia nada receptiva, muitas vezes agressiva, imbuída de preconceitos, chegando a não aceitar a inserção dos africanos no seu meio social ou como companheiros.
Colocando a personagem Katanha no centro da narrativa, a obra destaca as qualidades irreverentes da jovem angolana e, enfrentando todas as dificuldades e atrocidades, se mantém firme aos seus objectivos de se formar e se tornar uma líder capaz de mudar a administração política e social do seu país de origem.
“Se no começo da narrativa, Katanha, a jovem angolana, percebe que «a cor da pele fala mais alto do que coração repleto de amor, na realidade social europeia», desistir não é a solução.
A jovem se mantém firme e foca-se, disposta, a lutar pelos seus direitos e defender os seus ideais” referiu o autor. “Katanha é a personagem que se torna líder política ao voltar para seu país (Angola), revelando então o desejo de ver um país melhor e próspero para todos, expressando efusivamente «Angola, um dia serás o país que desejamos!», acrescentou.
Terceira obra a ser vendida no Brasil
Sob chancelaria da editora brasileira Cintra, “Katanha” torna-se assim na terceira obra literária do jovem escritor angolano a ser publicada no Brasil, após os livros “A Última Massoxi” e “A Menina da Burca”, livros publicados em 2023.
O autor adiantou que perspectiva viajar para o Brasil em breve, para poder realizar o lançamento oficial da obra e, consequentemente, a venda e sessão de autógrafos dos três livros que já fazem parte do quotidiano dos leitores brasileiros.
Sobre o autor
Beni Dya Mbaxi é o pseudónimo de Bernardo Sebastião Afonso, jovem residente no município do Cazenga, em Luanda, autor de sete obras já publicadas. É o único angolano entre os 150 escritores africanos escolhidos para fazer parte do livro “TRANSGENERATIONAL CHAMPIONS”, em português “Campeões Transgeracional”, um projecto da autoria do zimbabueano Takudza Maziofa, que visa mostrar ao mundo os campeões de várias gerações africanas.
Beny foi distinguido, em 2021, com um prémio literário pela obra “A Última Massoxi”, na 4.ª edição do Annual Global African Authors Award, na África do Sul. No mesmo ano, foi ainda congratulado com o prémio ‘Escritor Revelação do Ano 2021’, na premiação Moda Cazenga By Luandina, e honrado com o reconhecimento de mérito no evento “Honra ao Mérito da Biblioteca Municipal Kilamba Kiaxi”.