O trabalho, com o tema curatorial de Gisela Casimiro, na sua inauguração, ocorrido recentemente, foi marcado por um discurso que relembrou a significância do 25 de Abril de 1974 para os portugueses e angolanos.
O mural destaca a figura feminina como protagonista da revolução, representando sua resiliência e determinação diante dos desafios históricos. Inspirado na simbologia da troca de cravo pelo algodão, durante a guerrilha, a obra desafia convenções ao retratar a mulher não apenas como uma figura armada fisicamente, mas também intelectualmente capacitada.
O texto curatorial de Gisela Casimiro enriquece a mensagem do mural, colocando a mulher no cerne da narrativa, sublinhando a necessidade de redefinir valores funda- mentais como justiça, paz, liberdade e emancipação.
O evento não apenas celebrou a inauguração do mural, mas também destacou a importância de reflectir sobre os traumas e as conquistas do 25 de Abril, um momento histórico que permanece vivo na memória colectiva dos portugueses.
Em conversa com um dos membros do colectivo Verkron, Ema contou-nos que tiveram como fonte de inspiração a situação da troca de cravos pelo algodão. A cidadã considera relevante a apresentação do trabalho para melhor percepção dos angolanos “Fomos seleccionados devido ao trabalho anterior que fizemos aqui no Centro Cultural Português.