Na ocasião, Carolina Cerqueira sugeriu que a Igreja deve reforçar a sua acção nas áreas de educação da juventude, na defesa dos direitos das mulheres e no combate à criminalidade, face ao agravamento da onda de assassinatos e de violação de mulheres e crianças que fragilizam o tecido social e perturbam a ordem pública.
A ministra mencionou a necessidade da Igreja trabalhar com o Estado para reforçar a sua acção nas comunidades, apostando no diálogo e no respeito pelas diferenças, destacando as conquistas dos angolanos e o exemplo de reconciliação e de paz que tem vindo a dar ao mundo.
De acordo com a governante, a Igreja deve dirigir a sua acção em actividades destinadas à melhoria das condições de vida das populações, elevando os valores éticos, cívicos e patrióticos nos parâmetros da Lei e da Constituição.
A ministra encorajou ainda a igreja no sentido de promover acções destinadas à protecção, valorização e promoção do património cultural, como valor inspirador para a cultura de paz e a promoção do desenvolvimento sustentado, no âmbito das recomendações da UNESCO, com realce particular para Mbanza Kongo, Património Cultural Da Humanidade.
O líder Daniel Silva, para além de ter apresentado as preocupações ligadas à actual situação da igreja, apresentou um quadro das acções que a sua instituição religiosa tem desenvolvido em diversas províncias nos domínios da educação, saúde e formação profi ss ional , assim como iniciativas de educação cívica.
A Igreja kimbanguista constroi neste momento uma série de infra-estruturas sociais, com ênfase para o centro multiusos do Golfe que contará com duas salas de reuniões, cada uma com capacidade para 250 pessoas, um centro médico para atendimento aos cidadãos mais desfavorecidos. Está de igual modo a ser restaurada a escola do II Nível 18 de Novembro, com o aumento de salas de aulas.
A Igreja de Jesus Cristo Sobre a Terra foi fundada a 6 de Abril de 1921 pelo profeta Simão Kimbangu, na localidade de Nkamba, República Democrática do Congo, é reconhecida pelo Estado angolano desde 18 de Novembro de 1974. O encontro insere-se no ciclo de encontros da ministra da Cultura com as diversas igrejas e instituições religiosas reconhecidas pelo Estado Angolano.