O escritor e autor do Hino Nacional de Angola, Manuel Rui Alves Monteiro, mostrouse, essa Terça-feira, agradecido com a atribuição do seu nome ao Centro Cultural do Huambo, cuja inauguração está prevista para breve.
O empreendimento, primeiro do género no país, será designado por Centro Cultural “Manuel Rui Alves Monteiro”, em homenagem ao filho do Huambo, pelo contributo à cultura e literatura nacionais.
Em declarações à imprensa, disse estar satisfeito em ver o seu nome “eternizado” baptizado” no centro e, de mais uma vez, regressar à terra que o viu nascer, da qual possui boas memórias.
Sobre os bons momentos vividos na província do Huambo, recordou-se quando jogava “um bom futebol” no município da Caála.
O Centro Cultural do Huambo, cujas obras foram consignadas em Setembro de 2011 e retomadas em 2022, depois de cinco anos de paralisação, está implantado numa área de três hectares, na confluência entre as avenidas Norton de Matos, da Granja e a rua que desce em direcção ao largo Deolinda Rodrigues.
O empreendimento será composto, entre outros compartimentos, por três cineteatros, com 500, 150 e 100 lugares, respectivamente, duas salas de conferências, um espaço para apresentação de trabalhos de arte, literatura e música, duas salas para aulas de dança, igual número para artes plásticas e artesanato e uma de exposições.
Breves dados de Manuel Rui Alves Monteiro Figura incontornável das artes angolanas, Manuel Rui Alves Monteiro, o autor do Hino Nacional e da música “Meninos do Huambo”, nasceu na cidade do Huambo, sede da província com o mesmo nome, a 4 de Novembro de 1941.
Fez os estudos primários e secundários na terra natal, seguindo para Portugal, onde cursou Direito na Universidade de Coimbra até 1969.
Enquanto estudante, foi activista cultural da Casa dos Estudantes do Império, participou em acontecimentos literários e políticos, tendo sido preso por dois meses em Portugal.
Exerceu advocacia em Coimbra e Viseu. Publicou, entre outras, as obras “O Regresso Adiado”, “Memória de Mar”, “Sim, Camarada!”, “Quem me Dera ser Onda”, “Crónica de um Mujimbo”, “1 Morto & Os Vivos”, “Rio Seco” e “Da Palma da Mão”.