Com o foco na tradição, na importância e na valorização das máscaras africanas, o pintor e escultor Maiyomona Vua, encerrou a exposição “Rostos com Identidades Desconhecidas” com saldo positivo e já pensa no próximo trabalho
Cinco dias após o encerramento da exposição “Rostos com Identidades Desconhecidas”, que ocorreu de 24 de Janeiro a 14 do corrente mês, na Galeria Tamar Golam, da Fundação Arte e Cultura, Ilha de Luanda, Maiyomona Vua, já pensa numa próxima jornada.
Sem entrar em detalhes quanto ao título do trabalho e o local ser apresentar, garante tudo fazer para que o público possa deleitar e descobrir o que a arte venha reflectir.
A colecção que esteve patente ao público da cidade capital, há mais de 20 dias, galeria ora referenciada, é constituída por 13 artefactos, uns de grandes dimensões, outros em miniaturas, expressando lamentos e gritos marcados por várias situações do nosso quotidiano e de outros povos.
São máscaras, que segundo o autor, usados em diversas cerimónias, tais como religiosas e sociais, dando maior realce aos espíritos dos nossos ancestrais.
Os artefactos, em questão, expressam emoções fortes, como tristeza, a dor e o desespero. Pelo simbolismo, funcionabilidade, importância e valor no domínio tradicional, as máscaras fazem ainda menção, a pessoas afetadas pir diferentes visisitudes da vida.
São rostos com identidades desconhecidas, mas, que expressam o sofrimento e a angústia de todos.
Nesta magnífica obra, o artista, procurou por via desta exposição, unir pessoas nos pensamentos e sentimentos, solidarizando-se num contexto actual, em que a sociedade foi directa ou indirectamente afectada pelas condições da vida.
Uma incursão nas obras
Em “This is Father”, sua última exposição individual, Miomona Vua mostrou-nos com orgulho o sublime resultado do testemunho que recebeu de seu Pai e Mestre Adolfo Disengomoka, com técnicas mistas num olhar contemporâneo.
Já na colecção “Rostos com Identidades Desconhecidas”, recém-apresentada, o artista apresenta-nos uma linha diferente à do habitual, apropriando-se da estética da Arte Clássica Africana.
Mas, sem a policromia presentes nas criações anteriores, num recurso a cerâmica – a poesia que se escreve com a argila.
Artista
Maiomona Eduardo Pereira Vua é pintor e escultor angolano, nascido a 22 de Setembro de 1979, no município de Ingombota.
Fez o ensino Médio no Instituto Nacional de Formação Artístico (INFA), onde especializou-se em pintura. Desde muito cedo teve inclinação ao desenho e pintura.26/01/2024.