O corpo do príncipe Henrique da Dinamarca, marido da rainha Margarida, que faleceu Terça-feira, aos 83 anos, na sequência de uma infecção respiratória será cremado no dia 20 do corrente, na Igreja do Palácio de Christiansborg.
O seu corpo será cremado numa cerimónia íntima, sem direito a funeral de Estado, conforme havia solicitado o malogrado. O príncipe Henrique tinha manifestado não querer ser sepultado no mausoléu real. O seu corpo foi transferido à Igreja do Palácio de Christiansborg, de acordo com o seu desejo, no início desta semana, depois de estar internado.
Segundo a casa real dinamarquesa, parte das cinzas será deitada ao mar, enquanto a outra será depositada nos jardins privados do Palácio de Fredensborg. Henrique da Dinamarca, que renunciou ao título de príncipe consorte por não lhe ter sido atribuído o de rei, tinha manifestado o seu desejo de “não ser sepultado ao lado da rainha” Margarida. Uma “consequência natural de não ter sido tratado de igual forma à sua mulher”. Com a sua morte, aos 83 anos, a sua vontade será cumprida. Já esta Quinta-feira, o corpo foi transladado do Palácio de Fredensborg para o Castelo de Amalienborg, residência oficial da rainha, em Copenhaga.
Amanhã regressará ao Castelo de Christiansborg para que, entre Sábado e Segunda-feira, os dinamarqueses possam despedir-se dele. O príncipe-consorte, de origem francesa, tinha sido obrigado a interromper as férias no Egipto para regressar à Copenhaga onde foi internado, a 28 de Janeiro, com uma infecção respiratória. Após vários exames, foi descoberto que tinha um tumor benigno no pulmão esquerdo. Henrique nasceu em Talence, perto de Bordéus, e foi baptizado com o nome Henri Marie Jean André de Laborde de Monpezat.
Filho de um empresário com negócios na Ásia, estudou Direito e Ciência Política, na Sorbonne, em Paris. Em 1963, depois de ter servido no exército francês na Guerra da Argélia, foi trabalhar como secretário da embaixada francesa em Londres, onde esteve até 1967. No mesmo ano casou-se com a herdeira do trono dinamarquês na escola naval de Copenhaga, que viria a tornar-se rainha em 1972. Deixa dois filhos, o príncipe herdeiro Frederico e o príncipe Joaquim.