Morreu, Segunda-feira, o estilista francês Hubert de Givenchy. A morte foi confirmada à Agência France Press (AFP) pelo companheiro e designer Philippe Venet.
“É com grande tristeza que informamos que Hubert Taffin de Givenchy morreu”, disse. A Casa de Givenchy, da qual o estilista foi fundador, também já reagiu. Na rede social Twitter foi publicada uma nota onde o designer é considerado “uma grande personalidade no mundo da alta-costura francesa”, mas também o “gentleman” que simbolizou a elegância parisiense durante mais de 50 anos. “Ele fará muita falta.
” O aristocrata e designer francês Hubert de Givenchy fundou a casa de moda que lhe levou o apelido emprestado em 1952, com a colaboração do estilista espanhol Cristóbal Balenciaga. No currículo leva o título de primeiro designer a criar uma gama de pronto-a-vestir de luxo, mas também reconhecimento por ter “revolucionado a moda internacional”, tal como assegura, em comunicado, a marca que nasceu às suas mãos. Foi Givenchy quem, segundo o The Guardian, definiu e moldou a essência chique dos anos 50 e 60 e que ainda hoje influencia a forma como a rainha Isabel II se veste — entre outras figuras de alto gabarito. Grace Kelly, Elizabeth Taylor, Jackie Kennedy e a musa de sempre, Audrey Hepburn, renderamse em vida ao talento e corte de Givenchy. Kennedy foi particularmente fiel aos looks do designer durante os anos em que esteve na Casa Branca e Hepburn chegou a dizer: “As roupas dele são as únicas em que me sinto eu própria. Ele é mais do que um couturier, ele é um criador de personalidades”.
Foi precisamente a amizade de 40 anos com Hepburn — actriz que conheceu no set de “Sabrina”, em 1953 — que o ajudou a tornarse numa lenda da moda. Givenchy ficou particularmente famoso pelo vestido preto que aparece em grande destaque logo no começo do filme “Boneca de luxo”, de 1961, também ele protagonizado por Hepburn. Em 1995, o estilista francês fazia desfilar as suas últimas peças na passerelle do então chamado Grand Hôtel de Paris. Depois de se retirar da posição de director executivo da marca, a empresa foi vendida ao grupo LVMH. Givenchy sempre se considerou um “eterno aprendiz” e atribuiu o contínuo sucesso à amizade, recorda o jornal O Globo. Em 2014, aos 87 anos de vida e tantos outros de carreira, Givenchy seleccionou as criações que marcaram presença no museu madrileno Thyssen-Bornemisza, com base nas próprias recordações.