Acaba de ser lançada em Lisboa, a obra “A Verdade da Minha Jornada – Da Fazenda ao Palco Internacional” da autoria do Embaixador Adão Pinto, Cônsul Geral de Angola em Nova Iorque.
O livro, ainda sem previsão de ser apresentado em Angola, levou cerca de 1 ano a ser preparado e foi publicado pela primeira vez em Nova Iorque, em inglês, em Maio deste ano, na Sala de Conferências do Conselho Económico e Social das Nações Unidas. A obra, sob chancela da Editora Mercado Lda, tem 176 páginas
e divide-se em sete capítulos.
Tem prefácio de Cheryl Wills e Manuela Bairos, cônsul-geral de Portugal
em Nova Iorque. É um registo autobiográfico sobre a experiência do autor no domínio da diplomacia. Na nota introdutória, Manuela Bairos realça que o livro é um contributo inestimável para as gerações vindouras conhecerem o seu país e para a construção de um futuro mais justo e mais fraterno.
Acrescenta que Adão Pinto coloca em livro o seu percurso pessoal, ou seja, o de um jovem de origens modestas que, com empenho e sentido de missão, atingiu o sucesso que poucos, à partida, teriam previsto, sendo hoje embaixador e cônsul-geral de Angola em Nova Iorque. Por sua vez, o também autor do prefácio Cheryl Wills salienta que Adão Pinto, ao conceder-lhe a honra de prefaciar este livro, proporcionou-lhe uma viagem de revisita à “Mãe África”, uma viagem de regresso às origens.
Garante que ao iniciarmos a leitura de “A Verdade da minha Jornada”, Adão Pinto envolve o leitor no sentido sábio, contido no provérbio de Titinga Pacere. Refere ainda que, ao relatar a sua jornada, o autor nos vai situando na trajectória de vida e demonstrando como as suas raízes são a base da sua força e resiliência. Esta é, em seu entender, uma história de um homem de origem humilde que percorreu um longo caminho, até uma grande capital, tendo daí conseguido concretizar o sonho de viajar pelo mundo, onde conheceu homens e mulheres de notável influência.
O autor
Adão Pinto salienta que as histórias que alimentam o livro são memórias contadas desde as suas origens humildes, numa fazenda de café, em Angola, até a sua vida de diplomata, no palco da diplomacia internacional. Realça que, com o passar do tempo, conseguiu encontrar a força suficiente para admitir que muitas das memórias dilaceraram-lhe o coração e outras o fizeram- lhe sorrir ou mesmo chorar.
“Foi minha intenção partilhar as memórias que melhor, e mais fielmente, pudessem descrever as circunstâncias que eu e o meu povo fomos forçados a enfrentar”, confessou Adão Pinto, acrescentando que o seu humilde desejo é que estas histórias possam honrar o passado e enaltecer o presente. “De alguma maneira, sinto que é minha responsabilidade, enquanto dedicado filho de África, acrescentar o meu pilar na edificação e construção da África que, desesperadamente, almejo ver”, garantiu o diplomata.
O embaixador recorda que o conjunto de todas estas histórias vivenciadas contribuíram e influenciaram a formação do seu carácter, pese embora o caminho que foi-lhe destinado tenha sido difícil, mas, também, revestido de uma certa beleza. “Tenho orgulho na jornada da minha vida. Este percurso não é, em absoluto, só meu, é uma jornada intemporal de muitas pessoas, meus pais, família, professores, colegas e amigos, que contribuíram para o crescimento do homem que sou hoje”, reforçou .
Para a edição em português, foram imprimidos 1.500 exemplares, cuja distribuição dependerá do autor e da referida editora. Já em relação a Angola, o autor referiu que não há uma data marcada para a sua apresentação, porém promete fazê-lo provavelmente durante o primeiro semestre
de 2018.