“Matura” como se intitula o segundo álbum de originais de Jéssica Areias, é o homónimo do concerto que vai protagonizar nesta Sexta-feira, 3, a partir das 20:00 (hora local), no Teatro Sesc Pelourinho, em Salvador da Bahia, no Brasil.
A apresentação, de acordo com o que OPAÍS teve acesso, será marcada pela fusão entre o som ancestral dos tambores, num diálogo entre as raízes folclóricas e tradicionais de Angola e as claves afro-brasileiras, com uma criação contemporânea de beats electrónicos.
Na ocasião, lê-se na nota, Jéssica receberá a participação especial da cantora e compositora soteropolitana Neila Kadhí.
O repertório inclui canções feitas em parceria com José Eduardo Agualusa Thamires Tannous, Érica Navarro, Tiganá Santana, entre outros.
Além de sucessos do álbum “Matura”, o espectáculo conta com a releitura de alguns temas de Dorival Caymmi.
Jessica Areias é cantora, compositora e preparadora vocal. Dona de uma personalidade musical bastante ecléctica, ela reúne na sua bagagem um misto de influências, que vão das suas raízes africanas ao fado e do jazz à MPB.
Jéssica Areias nasceu em Angola.
Aos 17 anos mudou-se para Portugal e reside no Brasil nos últimos 12 anos, país onde fez uma licenciatura em Educação Musical e uma pós graduação em Regência Coral.
Da sua trajectória artística em Luanda era frequente a participação nos concursos escolares e fez parte de um trio de cantoras infantis (com Aline Frazão e Mônica Guedes) na Associação 25 de Abril, cantando bossa-nova, jazz, fado e música tradicional angolana.
Trabalhou em diversos bares e restaurantes, nomeadamente: Restaurante XL, Casa 70, Jango Veleiro, Cine Karl Marx e nos hotéis Continental e Trópico.
Em Lisboa formou e integrou, como cantora, um quarteto de bossa nova, jazz e música africana.
Nesse projecto actuou em diversas casas de espectáculo.
Já no Brasil, de 2009 a 2017 pisou variados palcos e realizou diversas parcerias, nomeadamente: shows com Toquinho, Bocato, Serginho Madureira, Diogo Nogueira e Osmar Barutti. De 2018 a 2019 criou um espectáculo em que cantava clássicos da música popular angolana e músicas do seu primeiro álbum “Olisesa”, com rítmos e sonoridades exclusivamente africanas, nas línguas nacionais kimbundo, umbundo, português e crioulo de Cabo-Verde.
Kilapanga, semba e kizomba eram alguns dos ritmos angolanos mais populares presentes no espectáculo, que apresentou no Festival de Música Africana, no Sesc Santo André, Biblioteca Mário de Andrade, Virada Cultural de São Bernardo, Centro Cultural da Penha, 2º Encontro de Literatura Africana (Literáfrica) na Galeria Olido, Dia de África e Festival Amo Bantu no Centro de culturas negras Mãe Sylvia de Oxalá e Ocupação Encruzilhadas Vissungueiras na Funarte.