A Igreja Metodista Unida Maria Madalena, no município do Cazenga, é classificada Património Histórico-Cultural com base em Decreto Executivo 270/22 de 29 de Julho.
O imóvel situado no Distrito Urbano do Cazenga foi Implantado em 1965, saído da igreja Metodista Unida de Bethel, além da missão ecclesial também apoia a comunidade, em parceria com o Estado, através de uma Escola Primária, onde as crianças estudam a custo zero.
Segundo o guia leigo dessa congregação, Inácio Neto, que falava à ANGOP, (na Segunda-feira), a ascensão a património histórico é um “reconhecimento justo” e como fiel sente-se honrado, pois esta elevação poderá transcender para as novas gerações.
Referiu que desta igreja saíram vários líderes para a sociedade, com destaque para o actual bispo da Igreja Metodista Unida, Gaspar João Domingos, que está à frente da organização há mais de uma década.
Além da disseminação da doutrina cristã, a Igreja Metodista Maria Madalena faz parte da memória da população de Luanda e particularmente do Cazenga, pela sua vocação nos domínios da educação e da assistência social, bem como jogou um papel importante na consciência nacionalista do povo angolano.
Daí a necessidade de se promover o seu reconhecimento como um importante lugar de memória para aquela circunscrição e não só, cabendo à administração local do Estado a tomada de medidas para a efectiva protecção e valorização do referido património, lê-se no decreto.
Inácio Neto contou que “Maria Madalena” é um nome bíblico dado à Igreja Metodista, para homenagear a mulher que seguiu Cristo até à sua crucificação e ressurreição.
A Igreja Metodista Unida foi estabelecida em Angola em 18 de Março de 1885, pelo Bispo William Taylor, acompanhado de uma caravana de outras 45 pessoas, na sua maioria leigas e com variadas profissões, vindas dos Estados Unidos da América.