A I Sessão Internacional de declamação de poesia Agostinho Neto tem por objectivo eternizar o legado do Primeiro Presidente de Angola, em Angola e alémfronteiras, com apresentação dos seus poemas em línguas estrangeiras e nas línguas nacionais, bem como arrastar a celebração do dia da proclamação da independência nacional, que assinalou 49 anos de existência no dia 11 de Novembro do ano em curso.
Segundo o Administrador Executivo da FAN, Amarildo da Conceição, o novo projecto da Fundação Agostinho Neto (FAN), pretende envolver entidades de outros países, a partir das suas missões diplomáticas para que possam declamar ou ler, nas suas respectivas línguas de origem dois poemas do primeiro Presidente de Angola, a escolha dos mesmos.
De acordo com o mesmo, neste momento já tem disponível várias obras poéticas de Agostinho Neto traduzidas em mais de cinco línguas estrangeiras como, espanhol, servo, inglês, francês, mandarim, coreano, entre outras, além do português e diversas línguas nacionais do nosso vasto mosaico linguístico e cultural.
Avançou ainda que outros países africanos manifestaram a intenção de aderir à iniciativa e traduzir uma das obras de Agostinho Neto nas suas próprias línguas locais e oficiais, citando a título de exemplo a Argélia.
“A Argélia manifestou-se interessada em participar e pediu autorização à organização do evento para traduzir dois poemas do Poeta Maior”, disse o responsável, adiantando que também haverá tradução, a título excecional e inédito, para o árabe.
Frisou que deste modo pretendem juntar todos estes países, contando também com a declamação de poemas em português, bem como a apresentação em quatro línguas nacionais como umbundu, cokwe, kikongo e kimbundu, para elevar a grandeza literária de Neto, que para muitos países é visto apenas na dimensão política.
Amarildo da Conceição manifestou ainda que esta é a primeira edição experimental conta com a organização da Fundação que dirige e a parceria da União dos Escritores Angolanos (UEA).
Fez saber que decidiram unir as forças e energias com a UEA, por se tratar de um órgão reitor da literatura nacional e pelo facto também de ter como um dos seus fundadores, o poeta maior.
“Apelamos a todos os fazedores de arte e a todos os angolanos que gostam de ler, e outros que talvez não tenham muito hábito de ler poesia, nem de participar em eventos do género que apareçam para desfrutar da mesma”, apelou.
Programação extensiva
O responsável manifestou ainda que o programa terá a duração de mais de duas horas, e consta do mesmo momento cultural, seguido de um cocktail antes do encerramento. A abertura e recepção dos convidados esta prevista para por volta das 16 horas, ao passo que 30 minutos depois, começa a actividade com a apresentação da música trova, poesia em língua nacional, na voz do artista Júlio Gil.
Por sua vez, o grande poema do fundador da nação intitulado “Havemos de voltar”, será declamado na língua estrangeira árabe, pelo embaixador da República Argelina, Abdelhakim Mihoubi.
Quando forem 16 e 45 minutos, na língua nacional cokwe, será feita a apresentação do poema “Sagrada Esperança”, por intermédio do poeta Uva. Na língua coreana, vai seguir a apresentação do poema “Um aniversário” e o poema “Para todos”, nas palavras do embaixador da Coreia do Sul, KwangJin Choi.
As 17 horas declamação de dois poemas na língua espanhola, “Criar” e “Caminho do mato”, em representação da embaixada da República de Espanha, com Roger Gonzalez e Beatriz Dongua Tchiambo. Ainda no mesmo período, com a música trova, a poesia em Espanhol, será orientada pelos artistas Tina Bunga e Pedro Sambo.
Quando forem 17h15 minutos, o poema a”A reconquista” vai soar, em francês, sob a responsabilidade da Alliance Francaise, com Paulo Mambo. De seguida a música trova, poesia em francês, Tina Bunga e Pedro Sambo.
Conforme a programação, seguir-se são declamações em tantas outras línguas estrangeiras supra citadas, cujos actos serão proferidos pelos respectivos embaixadores e representantes consulares acreditamos em Angola.
O evento vai culminar com a declamação em Umbundu, de um dos poemas do livro “Sagrada Esperança”, que será apresentado pelo artista, Moisés Sandombe