Uma exposição que reúne fotografias da autorrepresentação da diáspora africana em Portugal desde 1975 pretende “contrariar o peso dos arquivos oficiais e a narrativa do período colonial” e vai ser inaugurada no sábado, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.
O espaço não foi escolhido por acaso, indicaram as duas curadoras da mostra “Álbuns de Família. Fotografias da diáspora africana na Grande Lisboa (1975-hoje)”, Filipa Lowndes Vicente e Inocência Mata, que durante uma visita para jornalistas sublinharam a importância desta iniciativa para “dar voz à comunidade africana” em Portugal.
“O nosso objectivo é tornar visíveis as pessoas desse segmento da sociedade portuguesa, sempre visto como estrangeiro e imigrante, mas cuja grande parte já nasceu em Portugal ou vive aqui há mais de 50 anos, e faz parte da nação portuguesa”, sublinhou a investigadora Inocência Mata em declarações à agência lusa.