A Associação de Acção para o Desenvolvimento Juvenil Globo Dikulu celebrou, no final de semana (Sexta-feira e Sábado), os dez anos de parceria com as associações Fra Angelico de Páris e Tournefou, com a exibição de duas peças teatrais no Centro de Animação Artística do Cazenga (ANIM’ART)
Por: Antónia Gonçalo
Trata-se das peças “Orfeu Negro” e “Olá Senhor Chaplin”, exibidas no Anfiteatro ANIM’ART, com o apoio da Alliance Française de Luanda. As peças adaptadas à vida e obra do humorista britânico, Charlie Chaplin, e no filme ítalofranco- brasileiro, Orfeu Negro, foram montadas pelos formadores das associações Cristine Saillet, Francisco Marques, Eduardo Songue, Cipriano da Costa e Nelson Gonçalves. Em declarações a OPAÍS, o presidente da Associação Globo Dikulu, Orlando Domingos, referiu que durante os dez anos de parceria (2007 a 2017) foram realizadas várias actividades em França, Polónia e Portugal, como a montagem de espectáculos e a formação de actores, em que participaram artistas do ANIM’ART.
O presidente da Globo Dikulu avançou que foram ainda realizadas exposições, estágios, congressos da arte e beleza e academias de teatro. Segundo o presidente, as actividades contribuíram para o amadurecimento técnico dos actores, assim como reforçou o intercâmbio cultural. Actividades para 2018 Realçou que a referida parceria vai continuar até 2024, com a realização de actividades em vários pontos do país, começando por Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza -Sul e Benguela.
O também encenador expliconcou que consta na agenda de trabalhos a participação de actores na Academia de Internacional de Teatro Infantil (AITI), realizada anualmente em França. O responsável avançou que pretende realizar no próximo ano a AITI em Angola, com a participação de actores lusófonos.
A parceria tem permitdo a vinda bianual de formadores franceses ao país, de modos a interagirem com os actores e a realidade local. Segundo a formadora da Associação Tournefou, Cristine Saillet, durante as visitas realizadas, trabalhou com actores para a melhoria de técnicas teatrais como a postura em palco e a actuação.
Disse ainda que as actividades realizadas em França, com a participação de actores angolanos, franceses, portugueses e belgas, permitiram que as diferenças culturais dialogassem. “Fizemos duas obras em língua portuguesa e francesa. Foi interessante ver como as crianças apresentavam as obras, com base na sua identidade cultural”, salientou.