O Palácio de Ferro realiza a exibição do filme nacional “Undengue”, do realizador e cineasta Edgar Cláudio, amanhã, 24, às 18 horas, que narra a trajectória de uma adolescente que, ao imigrar de uma província para a capital do país, enfrenta diversos desafios marcados por sofrimento, resiliência, força e determinação
A actividade enquadra-se na rubrica mensal Cine Palácio de Ferro, que tem como objectivo promover a arte cinematográfica angolana e africana.
Com duração de uma hora e 30 minutos, o filme convida o público a embarcar numa jornada emocional com a protagonista.
O filme “Undengue” é protagonizado, em 95%, na língua nacional umbundu, e apenas 5% em português, contando com um elenco formado por actores emergentes que buscam seu espaço no mundo do cinema.
A palavra “Undengue”, de origem umbundu, significa “viagem” ou “peregrinação”, e carrega um profundo simbolismo cultural relacionado à busca, movimento e valorização da identidade de um povo.
Segundo Odeth Cassilva, coordenadora de eventos do Palácio de Ferro, esta será a primeira vez que o filme será exibido naquele espaço.
“Consideramos que esta obra pode servir como exemplo de luta e perseverança para todos que perseguem os seus sonhos em busca de melhores oportunidades”, afirmou.
Cassilva destacou ainda que a escolha do filme se deve à sua riqueza narrativa e impacto emocional. Por isso, apelou para uma participação massiva da população, visto que o conteúdo é adequado para adolescentes, jovens e adultos.
“Todos os meses escolhemos um filme e, desta vez, o mérito recaiu sobre esta grande obra. Acreditamos que vai agradar ao nosso público fiel, amante do cinema”, acrescentou.
Promoção do cinema africano
A rubrica Cine Palácio de Ferro tem como missão exibir e divulgar filmes produzidos por cineastas angolanos e africanos. Segundo Cassilva, a iniciativa tem tido um impacto social significativo, atraindo cada vez mais público ao espaço cultural. “As pessoas têm reagido muito positivamente à exibição de filmes africanos.
O feedback é visível não apenas nas palavras, mas também na presença assídua do público”, explicou. O projecto, que já está em andamento há mais de dois anos, permitiu a exibição de mais de 30 filmes de diversas partes do continente, com especial destaque para a produção nacional.
Cassilva sublinhou ainda que a selecção dos filmes leva em consideração a faixa etária do público. Obras não recomendadas para crianças são devidamente assinaladas, enquanto produções voltadas para jovens e famílias recebem maior divulgação e acessibilidade.