Gravado e produzido exclusivamente na região centro-sul do país, o filme apresenta uma narrativa que mistura acção militar e drama humano, retratando as complexas experiências das mulheres durante a guerra e no contexto pós-conflito.
Com uma produção genuinamente angolana, a trama traz em destaque não apenas os desafios enfrentados pelas Forças Armadas Angolanas (FAA) nas diferentes fases de estabilização sociopolítica do país, mas também coloca em evidência os dilemas internos de uma mulher guerreira, que simboliza a resistência e a força diante das adversidades.
Betânia, personagem interpretada por Edna de Oliveira, é uma general que, em meio aos combates, se vê confrontada com a responsabilidade de liderar suas tropas enquanto lida com a saudade da família e a pressão de salvar vidas.
A trama discorre sobre a jornada emocional e psicológica daquela guerreira, revelando a complexidade de ser uma mulher em um ambiente dominado por homens, tanto nas forças armadas quanto na sociedade em geral.
De acordo com o realizador, Funzula Eduardo, o filme destaca, de forma sensível e realista, os desafios que Betânia enfrenta tanto no seu papel de liderança militar como na vida pessoal e no seio social.
“Enquanto se dedica à missão militar, ela também lida com as angústias e os dilemas pessoais, tentando equilibrar a sua identidade como mãe, mulher e comandante”, detalhou.