Em Angola, o evento está a ser organizado pela embaixada francesa, através da Aliança Francesa, e vai procurar reforçar os laços de cooperação nos diversos domínios artísticos entre os dois países, tendo a música como o ponto central.
A intenção do festival, segundo a directora da Alliance Française de Luanda, Mélanie Le Bihan, é de propiciar um entrosamento musical entre os ritmos de Angola, França e Ilha das Reuniões, marcado por sincronização entre os instrumentos percussivos modernos e tradicionais dos dois países, assim como estreitar os laços culturais através de um espaço de diálogo entre gerações e povos de diferentes línguas.
“A Alliance Française de Luanda tem, também, como missão a cooperação e o intercâmbio cultural entre a cultura francófona e angolana.
Então, este evento é mais um dos vários que temos realizado, cumprindo a missão de estreitar relações culturais entre Angola e França”, disse a responsável em declarações exclusivas ao OPAÍS.
Para esta edição, o festival vai contar com actuações musicais de artistas angolanos e franceses que vão dividir o palco e partilhar experiências musicais e artísticas, proporcionar um espectáculo de intercâmbio cultural entre as duas nações.
O concerto musical será protagonizado pelo conjunto angolano Banda Maravilha e pela artista francesa Solehya. Juntos, terão a missão de contagiar o público com canções vibrantes de Angola através do semba e kazukuta e mergulhar as emoções na mistura de ritmos percussivos, selvagens e tribais de França.
“Ao colocarmos no mesmo palco as músicas da França e Angola, mostramos essa cooperação (entre Angola e França).
Estes encontros são ocasiões únicas para conhecerem um pouco mais do que se faz em cada país no momento, favorecendo o diálogo, a troca de práticas e a criatividade. Isso é uma verdadeira demonstração de cooperação entre os dois povos”, reforçou Mélanie Le Bihan.
Cooperação do domínio das artes Além da música, o evento abre espaço para o reforço das cooperações entre os dois países no domínio das artes em geral.
Mélanie Le Bihan sublinha que a relação entre os dois países, no âmbito da cultura, é bastante e recordou que, em 2022, Angola e França assinaram um acordo de cooperação cultural por um período de 5 anos.
O acordo prevê cooperação entre os dois países nos domínios do património, da criação artística e das indústrias culturais e criativas.
O acordo, acrescentou, “incentiva as duas partes a desenvolver programas de cooperação e de intercâmbio. Estes eventos, como concertos, masterclasses, festivais de cinema, conferências, etc. são exemplos disso”.
Gastronomia e Feira do Artesanato
O festival contará com uma feira gastronómica onde serão expostas as diversidades gastronómicas francesas e uma feira de artesanato com a exibição de peças artesanais de artistas angolanos e franceses.
De acordo com a organização, o evento vai contar com a presença da embaixadora de França em Angola, Sophie Aubert, da directora da Aliança Francesa em Luanda, Mélanie Le Bihan, representantes do Ministério da Cultura angolano e de entidades governamentais e diplomáticas dos dois países.
Consta ainda da lista de convidados instituições culturais e gastronómicas que irão prestigiar o evento com suas presenças na qualidade de parceiros indispensáveis da embaixada francesa em solo angolano.
Entre as instituições, destacam-se Delícias de Paris, Tchicamby, Le Chalet Angola, Cerma e a Cooperativa Fundação Arte e Cultura.
Historial do Festival
Organizado pela Alliance Française de Luanda, em parceria com a embaixada da França em Angola, o evento faz parte das festividades tradicionais do governo francês, com o objectivo de celebrar a música e enaltecer os diferentes estilos e instrumentos musicais, realizando-se, habitualmente, em espaços públicos e aberto e de livre acesso para todos, como consta numa nota da organização a que este jornal teve acesso.