Os grupos convidados poderão, nas suas exibições em palco, representar os aspectos culturais das suas respectivas províncias, com encenações e apresentação de obras artísticas
Mais de 25 grupos de música ancestral angolana, oriundos de várias províncias do país, participam na 2.ª edição do “Festival Balumuka- Baluarte da Músika Angolana” a realizar-se de 24 a 28 de Maio, no Palácio de Ferro, em Luanda.
Para além de concertos musicais, o festival será recheado de exposições, fóruns, oficinas, uma feira de instrumentos musicais tradicionais, bem como momentos de homenagens, como fez saber a coordenadora de eventos do Palácio de Ferro, Odeth Cassilva.
“Durante os cinco dias de festa teremos várias actividades, desde palestras, workshops, concertos e outras, todas elas voltadas ao enaltecimento da música ancestral angolana”, adiantou a responsável.
Segundo a mesma, haverá, igualmente, uma aula magna sobre os instrumentos musicais ancestrais, com destaque para a dikanza, que será ministrada pelo músico e pesquisador cultural, Jorge Mulumba.
Odeth Cassilva adiantou ainda que os grupos convidados poderão, nas suas apresentações em palco, representar os aspectos culturais das suas respectivas províncias, com encenações e apresentação de obras artísticas.
De acordo com a coordenadora do evento, além dos grupos musicais, constam também da lista de convidados a actuar no festival alguns músicos a solo, com destaque para Filipe Mukenga, Totó ST, Ngana Mulana, Jabakana e tantos outros.
A iniciativa surge de uma parceria conjunta entre o músico e pesquisador cultural Jorge Mulumba e a Produtora Onart, no seguimento de um trabalho que têm vindo a desenvolver, desde 2018, e se propõe ser um lençol de conjugação de sinergias através do qual artistas, pesquisadores, produtores de instrumentos, académicos, instituições do Estado e a sociedade em geral, possam debruçar-se de forma abrangente e inclusiva sobre os instrumentos e a diversidade identitária ancestral.
Refira-se que a designação do festival é uma mescla das palavras Baluarte da Músika Angolana, sendo um “chamamento” implícito para exaltação das nossas raízes musicais ancestrais.
Inspirado no célebre programa radiofónico “Balumuka” da Rádio Luanda, a marca está, vincadamente, associada ao saudoso jornalista Amaro Fonseca, tendo sido homenageado na primeira edição da “maratona cultural”.
A I edição realizou-se em Abril, tendo contado com a participação de pouco mais de 20 grupos musicais e várias danças tradicionais que espelham o mosaico cultural angolano.
Por: Bernardo Pires