Durante a fase inicial de implementação, a fábrica poderá produzir, em média, 300 a 900 trajes por mês, desde uniformes para crianças e adultos, peças com padrões prontas para serem utilizadas, vestidos, saias, calças, calções, bermudas e camisas.
Para maior alcance das suas produções, serão ainda feitos artigos como carteiras, guardanapos, fardamentos corporativos e institucionais.
Segundo a empresária no ramo da moda, Beatriz Franck, as dificuldades quanto a matérias-primas são imensas, porque apenas 7% da matéria-prima é produzida localmente.
Referiu que, apesar da existência de uma única fábrica de tecidos, a Textang, não consegue ainda cobrir a demanda, uma vez que 93% da matéria utilizada é importada.
“Pois, nós não temos botões, não temos fechos… Temos 140 pessoas empregadas desde o corte e costura, área administrativa e a empresa de segurança” disse ao OPAÍS.
O projecto industrial BEATRIZFRANCK começou a ser desenhado há oito anos pela empresária, com objectivos de dinamizar a moda angolana, o sector têxtil e o parque industrial nacional.
Na inauguração da fábrica, Beatriz Franck comentou que a segunda fase do projecto prevê que, até 2026, a fábrica cresça até dez vezes mais, ocupando uma área de 15 mil metros quadrados, e com uma força de trabalho de 15 mil pessoas.
Segundo a mesma, antes de avançar para outras províncias, a produção inicial deverá atender o mercado de Luanda com vestuário acessível e de grande qualidade.
“A nossa pretensão é estipular um preço das peças entre 5 mil e 15 mil kwanzas. Este é um produto nacional, com características especiais, com destaque para uma película de alta protecção dos tecidos, que dá uma grande durabilidade às peças de vestuário”, indicou.
Para uma primeira fase, o grupo criará cerca de 400 postos de trabalho, dos quais 100 funcionários directos, 10 designs, 3 modelistas, 73 costureiros, e os membros directivos e administrativos, e contara com 300 trabalhadores indirectos.
Os funcionários da linha de produção vão beneficiar de formação especializada dentro dos próximos meses.
O Secretário de Estado para a Área Industrial, Carlos Rodrigues, que parabenizou a iniciativa, realçou que o país possui fábricas com tecnologias de ponta, mas o grande desafio está na produção da matéria-prima.