“Mãe Natureza e o Universo”, a mais recente exposição do artista plástico luso-angolano Miguel Barros, recém-inaugurada na Galeria de Arte Colors Humanity, na Pensilvânia, Estados Unidos da América, continua no centro das atenções do público fascinado pelas artes visuais.
A mostra, reunindo obras produzidas em vários estilos e meios, incluindo o acrílico, lápis de cor, digital, encaustica, técnica mista, óleo, fotografia, gravura e aguarela, ficará patente ao público até o dia 28 deste mês.
É uma homenagem às mães, de onde todos nós somos frutos da sua criação e amor. Mulheres pensativas, que nos seus silêncios dialogam sobre todas as experiências de vida, onde o ser humano universal é o resultado das forças da natureza inseridas neste infinito universo.
O autor da exposição, Miguel Barros, questionado quanto ao processo de seleção das obras propostas para a referida exposição, referiu que o processo consistiu na originalidade, interpretação, qualidade, demonstração de habilidade e utilização do meio.
O processo incluiu igualmente o fator relacionado à clareza das imagens fornecidas e à sua capacidade de serem visualizadas online. “Todos nós, artistas que participamos neste projeto, ficamos muito felizes por dar 10% de todas as taxas de inscrição deste evento à Cruz Vermelha Internacional”, disse.
Indagado ainda quanto ao título “RED – VERMELHO” atribuído a uma das obras, Miguel Barros salientou que é uma cor simbólica de muitas coisas e emoções diferentes.
Está mais comumente associada ao calor, à atividade, à paixão, à sexualidade, à raiva, ao amor, à alegria e, em algumas culturas, é a cor da felicidade. “Agrada-me pensar e sentir que a arte é uma linguagem universal que fala a todos sem preconceito, nem discriminação.”
Ao olharmos para a nossa história, vemos imagens que são usadas para nos ajudar a compreender o passado. Hoje estamos a escrever o nosso futuro. O que quer que ele diga sobre nós?, questionou.
O artífice realçou que na expressão artística, as diversas interpretações são muito enriquecedoras, aproximando-nos a todos um pouco mais com a atenção da riqueza de diferentes perspectivas e vivências distintas que nos completam na possibilidade de nos entendermos melhor, com mais respeito, tolerância e aceitação uns dos outros, sem nos sentirmos ameaçados de sermos afetados nas nossas essências e crenças.
“Se a Mãe Natureza e o Universo fossem, na verdade, suaves sussurros feitos de silêncios repletos de harmonia e paz, onde cores e formas dançam lentamente para nos revelar um sentido mais fluido e sereno, ensinando-nos a arte de tolerância e da compreensão?”, questionou o artista.
O artista sublinhou que está neste momento a trabalhar em vários projetos e exposições individuais em Calgary, Canadá, onde reside, assim como na Galeria Mac, em Lisboa, da onde faz parte como artista e amizade. Porém, a intenção é de um dia vir a realizar uma nova exposição em Luanda, que sempre o recebeu de braços abertos, fazendo-o sentir em casa, à semelhança dos anos anteriores. Fazem parte desta exposição coletiva artistas do Canadá, da Estônia, da Alemanha, da Irlanda, de Israel, da Lituânia, de Luxemburgo e da Espanha.