Recém-inaugurada na Galeria do Banco Económico, em Luanda, a exposição colectiva, “UNTITLED 3 – O Vendedor de Passados” entrou, ontem, no seu quinto dia, com novas visualizações do público amante das artes plásticas
A mostra, que estará patente ao público, até 23 de Junho, na referida Galeria, é constituída por pintura, instalação, fotografia, escultura e desenho, envolvendo dezenas de artistas angolanos.
Assume pela primeira vez, uma temática central, cujo título homónimo foi extraído do romance do escritor angolano, José Eduardo Agualusa, “O Vendedor de Passados”, promovendo uma reflexão em torno da noção de tempo, um tema que se encontra, desde há muito, ancorado nos preceitos curatoriais e nos projectos de pesquisa da galeria promotora – This Is Not a White Cube.
A mostra engloba concepções que remetem para as ideias de um passado, presente e futuro, encerrando em si o conceito essencial de mudança que se institui na medida da passagem do tempo, quer para os seres humanos, quer para o mundo em seu redor.
Trata-se da Terceira Edição de uma produção cultural de grande escala realizada no formato de salão de artes plásticas que, por sinal, tem pautado a cena artística angolana pela sua periodicidade e por uma morfologia singular, que se tem vindo a afirmar na determinação de instituir a vinculação das novas vozes artísticas ao sistema da arte contemporânea em construção.
É um sistema em franca expansão, que se quer cada vez mais plural, formal e alinhado com as directrizes internacionais de integração no mercado global.
Reacção Jonne Ferreira, um artista ecológico, que por sinal, integra o colectivo de artíficies com a obra intitulada, “Njinga Mbande”, um monumento de 2 metros e meio de altura e 1 metro e 70, de largura, abordado, esta Segunda-feira, quanto à sua participação, referiu que visa dar a conhecer a sua galeria no sector da resolução e da preservação do meio ambiente.
É um monumento que, segundo o artista, caracteriza o nosso serão em Angola e possa fazer parte da ‘Diversificação da Economia Ecológica’, fundamentando o turismo com a Raínha Njinga Mbande.
A obra vem assim promover outras que estão a ser executadas na sua Galeria, para a educação social e cultural quer ao nível nacional, quer internacional.
O objectivoé dar a conhecer que o espirito de Njinga Mbande não desapareceu e continuará sempre presente, uma vez que esta ilustre figura foi a primeira que a Europa e a sua hierarquia reconheceram.
O referido monumento serve também de chamariz para o público poder visitar o seu atelier e conhecer outras memórias ali espelhadas, privilegiando a capacidade interventiva nas técnicas de resolução do problema do lixo em Angola, com vista a desenvolver o micro-empreendedorismo no domínio do fomento do turismo.
Já no que à sua produção e retrato se refere, o artista adiantou, que a obra foi produzida com resíduos sólidos: chapas de zinco, chapas de viatura, ferros e outros materiais reciclados, tendo a mesma espelhado a imagem da Rainha Njinga Mbande.
A lista de artistas participantes nesta magna exposição colectiva é constituída por Adão Mussungo, Alcides Malaika, Alfredo, Angieve, Benigno Mangovo, Cristiano Mangovo, Danick Bumba, David Dombele, Débora Sandjai, Dom4, Engrácia Gouveia e Evandro Kassandeca. Prossegue com os artistas, Fernando Lucano, Francisco Van, Gato Preto, Geovanni Tady, Graciana Chamba, Hélio Buite, Isabel Landama, Jafeth, Jamil ‘Parasol’ Osmar, Jeremias Maria, Jesualdo Muvuma, Jonne Ferreira, Joyce Jazz, YAMBISSA, Landa Yeto, Lord Cave, Luís Damião, Manuel Ventura e Maria Belmira Gumbe, entre outros.