O evento, que reúne artistas, fazedores de opinião, pesquisadores culturais, escritores, e outras individualidades, foi prestigiado por grandes momentos de oficinas, workshops, palestras e debates à volta de temas ligados ao estilo musical kuduro, cultura nacional e outros aspectos pertinentes do sector das artes.
O encontro foi realizado com o intuito de promover uma mesa redonda de debates e reflexões sobre o estilo musical em referência, que deu origem ao tema da exposição patente no Museu Nacional de História Natural, desde o passado dia 6 de Dezembro do ano transato.
Segundo o produtor do evento, Dominick Maia Tanner, o encontro visou criar um momento oportuno para convidar os artistas a examinar e apresentar as suas visões sobre as diferentes formas como o Kuduro se reflecte no dia-a-dia, enquanto estilo musical que reflecte a realidade das vivências nos diferentes bairros de Luanda.
Para o responsável, a exposição que gerou o encontro tem por objectivo inspirar mudança e empoderamento, promovendo uma mais profunda compreensão da pura essência da força do angolano.
Temas em abordagem
Com mais de dez horas de duração, o encontro contou com um painel constituído por seis temas abrangentes que foram debruçados pelos preletores convidados.
Em discussão e abordagem estiveram os temas ‘Por que é que o Kuduro é marginalizado como forma de arte?’, que teve como moderador Pihia Rodrigues, e convidados de painel Hélio Buite, Evan Claver, ‘Que medidas podem ser aplicadas para atrair mais público aos museus e outros espaços culturais?’, abordado por Guilherme Mampuya, Jack Tchindje e Álvaro Jorge, e ‘Como anda o ensino das artes em Angola?’, proferido por Bruno Neto e Danick Bumba.
Outros temas que também estiveram na discussão foram ‘Como anda o estado da crítica artística em Angola?’, cujo prelector foi o jornalista e escritor Luís Mendonça; ‘O Kinaxixi será o novo pólo cultural da cidade?’, dirigido por Júlio Rafael e Aminata Goubel ‘‘Mamã África”.
Já para fechar o debate foi discutido o tema ‘Como está o negócio das artes visuais em Angola’, dirigido por Alexandra Gonçalves, Kabudy Ely e Dominick Tanner.
Exposição patente até final de Janeiro
A exposição colectiva de artes plásticas, intitulada “Kuduro – A força que não depende da sorte”, inaugurada em Dezembro do ano passado, vai ficar patente até o dia 31 do corrente mês, no Salão Internacional de Exposição (SIEXPO), no Museu Nacional de História Natural.
A exposição, uma iniciativa da Ki-kuia Kinaxixi Cultural, com a curadoria de Jamil “Parasol” Osmar e produção de Maia Tanner, congrega mais de 20 obras, entre instalações, pintura, fotografia, escultura e performance, um total de 11 artistas.