Para maior percepção da nossa identidade, a Casa de Cultura e Artes Ubuntu realiza uma mesa redonda para analisar questões sobre “Religiões e tradições de matrix africana”, no Sábado, 11, a partir das 11 horas, no seu espaço na Vila-Alice, Distrito Urbano do Rangel, em Luanda
Participam do encontro o membro do movimento Rasta, Ancião Faia Kongo, o Candomblé Yoruba, Rhas Bhenda e o Canbomblé Angolano, Tata Ngunzetala, que juntos vão tentar compreender como este legado pode ser contextualizado nos nossos dias.Segundo o director do centro de pesquisa, Eugénio Coelho, o objectivo é de proporcionar uma reflexão sobre as formas como os nossos ancestrais se relacionavam com a divindade, antes do contacto com as religiões ocidentais.
Durante o encontro será ainda apresentado a obra “ O vento nos trouxe e nos alimentou”, de Tata Ngunzetela, onde permite ao leitor conhecer por meio da poesia os signos e símbolos do candomblé de Angola que, segundo consta, poucas vezes apresentados na literatura nacional.
Nascido em 1968, Francisco Tata Ngunzetela é um agente politicamente engajado, acervo vivo, referência nas comunidades tradicionais de matrizes africanas e na luta por direitos humanos.
A Casa de Cultura e Artes Ubuntu trabalha para a afirmação da identidade enquanto africanos, em parceria com outras associações, cujo objectivo é o de deixar patente a cultura do continente-berço, considerada de grande relevância. São várias as instituições internacionais, sobretudo do Brasil, com núcleos de afrodescendentes, com as quais têm trabalhado na realização de actividades em Angola.