O acto de lançamento inclui uma sessão de leitura de textos por Cristina Seixas e João Fernando André e momento musical pela voz de Paula Lourenço
“Casa Materna” é o título do mais recente livro da escritora luso-angolana, Luísa Fresta, a ser apresentado no próximo dia 27, às 18 horas, no Auditório da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, em Lisboa, Portugal.
A obra, ilustrada pela artista plástica, Armanda Alves, tem a chancela da Editorial Novembro e será apresentada pela escritora e declamadora Regina Correia, com transmissão em directo através da página do Facebook da UCCLA.
O lançamento oficial inclui uma sessão de leitura de textos por Cristina Seixas e João Fernando André, e momento musical pela voz de Paula Lourenço.
Luísa Fresta, autora da obra, ao pronunciar-se em referida criação, considerou a “Casa Materna”, uma morada, um território pessoal ou marca identitária: a sua. “Aqui se encontram caricaturas de tipos sociais, figuras reais, notas sobre ideias ou sensações, paisagens, ambientes inesperados, pormenores e palavras em festa, rubras de excitação, desgastadas ou alucinadas, mas sempre genuínas”, justificou a autora.
Trata-se de um discurso sintético plasmado em textos, que se completam e dialogam entre si, mas díspares também, os quais o leitor irá atribuir-lhes a classificação que entender, se lhe parecer importante.
A autora refere que quando sentir que anda aos solavancos, que alguns versos parecem atirá-la borda fora, que há poemas violentamente prosaicos e prosas raivosamente poéticas, pode não ser uma mera impressão., uma vez que os textos dizem-se para dentro e para fora.
“Gostava de imaginar que ‘Casa Materna’ é também um lugar onde nos podemos todos encontrar, uma zona de concórdia onde polémicas estéreis e temas inutilmente fraturantes não são levados a sério”, realçou Luísa Fresta, acrescentando, que haverá sempre tempo para pequenas provocações marginais entre si e o leitor.
“Este é um diálogo translúcido e dinâmico, onde nos entendemos, nos arranhamos, timidamente, e nos questionamos”.
A autora
Luísa Fresta, portuguesa e angolana, viveu a maior parte da sua juventude em Angola, país com o qual mantém laços familiares e culturais, e reside em Portugal, desde 1993. Publicou em 2012/13 uma série de crónicas sobre as décadas de 70/80 da vida em Luanda, através do Jornal Cultura – Jornal Angolano de Artes e Letras, com o qual colaborou regularmente até 2015, tendo também publicado, pontualmente, em diversas revistas on-line (a moçambicana Literatas e as brasileiras Samizdat e Subversa). Escreve regularmente desde 2013 no portal O Gazeta, coordenado por Germano Xavier e desde 2014 publica Prosa e Poesia no portal Entrementes – Revista Digital de Cultura.
Desde 2016 escreve também no jornal Digital Artes&Contextos.
Sobre cinema, essencialmente lusófono e africano francófono, mantém participações episódicas através de artigos de opinião no site de crítica de cinema Africiné, portal BUALA, Revista Awotele, e manteve, até 2015, duas colunas na revista METROPOLIS, intituladas: “A 7ª arte em África” e “Filmes da Lusofonia”. Em 2016, integrou o júri do comité de pré-seleção da representação pan-africana do Festival L’Arbre d’Or (filmes documentários – Gorée/Senegal). Prémios e principais Antologias: 1998 – Portugal: Concurso de Contos Curtos “Expo 98 palavras” (texto Crime, publicado juntamente com cerca de outros 100). 2013 – Brasil: 2.º lugar no 9.º concurso online – II Prémio Licinho Campos de Poesias de Amor (poema Soneto do Amor no Feminino); 2.º prémio no 1.º Concurso Internacional de Literatura de Alacib (na categoria crónica, com Outros Campeonatos), entre outras distinções.