As memórias vividas no seu bairro de crescida é retrata no livro intitulado “Anamaxinde – Crónicas ao Acaso”, do escritor João Rosa Santos, lançado na passada Sexta-feira, 27, na União dos Escritores Angolanos (UEA)
A obra contém 112 páginas, reúne 30 crónicas com as quais o escritor procura chamar atenção aos jovens sobre as vivências e ensinamentos do passado para, a partir daí, extrair exemplos positivos.
Segundo o autor, neste trabalho procurou ainda fazer com as pessoas conheçam o mítico bairro Anamaxinde, em Malange, sua terra natal.
“Procurei, nessa obra, trazer as vivências do passado e partilhar com as novas gerações, já que recordar é viver.
Procuramos recordar alguns dos bons momentos vividos no meu bairro de crescida, que é Anamaxinde” afirmou o escritor.
Não obstante, falou também da importância da leitura do cotidiano da nossa juventude, que observa ser um acto que deve ser feito diariamente.
“A leitura deve fazer parte do dia-a-dia dos nossos jovens.
Esta é uma forma de trazer aos mais novos aquilo que foram factos de ocorrência do passado; eu procuro descrever momentos que ajudam a compreender melhor o passado”. João Rosa avançou que esta é a primeira edição do livro, sendo que a segunda será publicada em Outubro.
Explicou que com a referida obra homenageia ainda a sua mãe, falecida no ano passado, alguém que muito dedicou-se ao bairro Anamaxinde. Muitos foram os cidadãos amantes da literatura, senão colegas e familiares, que presenciaram o evento.
Outros vindos da província de Malanje para prestigiar o escritor com a sua presença e acompanhar o lançamento do livro.
Desta feita, dentre os presentes, o escritor Jonh Belas considerou a obra rica do ponto de vista cultural.
“Acaba de falar o que vai de encontro à sua própria natureza, e a natureza de todos nós. Ele fala da sua infância, e de qualquer um que aqui se encontra.
É um livro muito rico de ponto de vista cultural”, afirmou o escritor Jonh Belas.
O autor
Natural de Malanje, nasceu aos 28 de Maio de 1961. João Rosa Santos tem no mercado obras literárias como “Quando o Coração Chora”, “Contornos da Vida”, “Que Mal Fizemos Nós?”, “Croningolando”, “Preta Fula”, “Ndolo”, “Balabina” e “Kubanza, Crónicas ao Acaso”.
É jornalista e foi durante anos o director do Gabinete de Comunicação e imagem da Sonangol e membro da UEA.