O escritor e cronista Dias Neto vai publicar no dia 28 do corrente mês, pelas 17 horas, na União dos Escritores Angolanos (UEA) o livro de contos intitulado “A Queda do Cão Cidadão”, sob égide da editora Palavra & Arte
Trata-se de uma compilação de 10 contos onde o autor narra as estórias sobre situações que transportam registos do andamento da sociedade actual, em busca do levantamento contínuo do senso de reflexão sobre os variados fenómenos sociais.
Segundo o autor, a obra, que conta com 74 páginas, foi escrita num traço ousado para motivação de discussões e leituras diferentes sobre os vários assuntos que (des) norteiam a nossa e qualquer sociedade, integrando aquilo que é, claramente, o caminho e a sua visão como contributo da literatura para redução das assimetrias públicas e mudança de mentalidade dos cidadãos.
“A obra toca em vários aspectos da vida social, desde questões políticas, económicas, questões familiares, entre outras. É uma forma recreativa de falar sobre os acontecimentos da nossa sociedade, sobretudo da realidade de Luanda”, disse o autor.
O autor dedica a obra aos seus familiares, em especial aos seus filhos, por entender que os contos narrados ilustram a necessidade de se reforçar os laços afectivos e da valorização dos aspectos éticos, apelando à união, partilha e à solidariedade, valores que o mesmo considera fundamentais para a construção de uma sociedade cada vez melhor.
Para si, os valores abordados nos contos do livro demostram à carência de fraternidade entre os cidadãos, um facto que tem sido muito visível nos dias de hoje, sobretudo em zonas urbanas onde as boas práticas de cidadania tornaram-se numa “utopia”.
Início de um novo ciclo
De acordo ainda com o autor, o livro “A Queda do Cão Cidadão” marca a início de um novo ciclo da editora Palavra & Arte, pelo facto de ser a primeira obra a ser lançada na segunda vaga de publicações dos autores residentes daquela editora.
“Este vai ser o primeiro livro que a editora vai publicar neste segundo ciclo das publicações dos seus autores parceiros residentes. É, sem sombra de dúvida, uma obra especial”, concluiu.
Por: Bernardo Pires