O director da rádio Benguela, Gilceu de Almeida, revelou terça-feira, 26, em declarações ao jornal OPAÍS que, desde a semana passada, decorrem reuniões para definir o estatuto do prémio “Benguela Acácias”, que visa homenagear figuras da província, cuja primeira edição se realiza já na primeira quinzena de Julho
De iniciativa da rádio Benguela, o prémio não se circunscreve apenas a figuras da cidade sede da província, Benguela, no caso, mas promete estender o raio de acção também para o interior.
O director da emissora provincial, jornalista Gilceu de Almeida, que confirmou o facto ao jornal OPAÍS, justifica que há pessoas fora da cidade que realizam acções cujo impacto se reverte em pessoas residentes em Benguela.
“Não é apenas uma realização que se confina ao município, é uma premiação que vamos fazer a todos os cidadãos na província de Benguela”, sustenta o responsável da rádio pública, salientando, pois, que o “Benguela Acácias” é um evento anual e prevê premiar três categorias, designadamente desporto, cultura e sociedade.
“Aqui o grande objectivo é que as acções feitas por qualquer uma dessas categorias reflictam ou criem um impacto à população local. E, depois, tem outros que nós, a seu tempo, vamos divulgar.
Os critérios ainda estão a ser analisados”, refere o jornalista. O profissional acredita que a premiação vai carregar consigo uma componente social muito forte, agregando sempre espectáculos músico-culturais, sendo que, por ora, estão em curso contactos com várias figuras da música para abrilhantar a primeira edição do certame que se realiza já na primeira quinzena do mês de Julho.
“Lembrar que, em 2015/2016, já fizemos, experimentadamente, uma edição, mas com um formato completamente diferente.
Nós fizemos com categorias musicais apenas e então reformulamos o conceito, porque entendemos que era melhor fazermos apenas um evento cuja acção – repito – desses entes que serão previamente seleccionados com os critérios da comissão o impacto tenha sido favorável na vida das populações”, frisou.
Gilceu de Almeida acentua que a estação emissora de que é responsável a nível de Benguela decidiu promover acções dessa natureza por entender, objectivamente, que há um vazio, sobretudo na perspectiva da meritocracia.
“Nós vamos investigar para saber que acções é que merecem destaque, merecem ser reconhecidas para, depois, galvanizar também essas entidades para continuar com os seus actos.
Nós estamos numa sociedade que se debate muito com as questões de economia, os problemas sociais, mas, em contrapartida, existem também muitas acções que são pouco faladas.
Então queremos olhar para elas e os impactos que essas acções têm na vida das populações”, espelhou o nosso interlocutor.
E, neste diapasão, acrescenta, “é, dentro do seu core business radiofónico que a rádio Benguela entretém, informa, mas também tem espectro da recriação”, realça, tendo dado conta que uma comissão, composta por jornalistas da casa e individualidades da sociedade civil, está a analisar os critérios, acompanhados de um regulamento, para o prémio.
“Sabe que as nomeações têm de ter critério para deixar tudo claro, para depois não termos constrangimentos no momento das nomeações.
Uma nota importante: todas as premiações virão sempre acompanhadas com uma homenagem de uma figura de Benguela”, assegura o director da rádio Benguela.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela