“A Verdade da Minha Jornada – Da Fazenda ao Palco Internacional” é o título do livro da autoria do embaixador Adão Pinto, cônsul-geral de Angola em Nova Iorque, a ser apresentada Sexta-feira, na sede da União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas (UCCLA), em Lisboa
Por: Augusto Nunes
O livro, publicado pela Editora Mercado das Letras, tem o prefácio de Manuela Bairos, cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque. É um registo autobiográfico sobre a experiência do autor no domínio da diplomacia.
Na nota introdutória, Manuela Bairos refere que o livro é um contributo inestimável para as gerações vindouras conhecerem o seu país e para a construção de um futuro mais justo e mais fraterno.
Acrescenta que Adão Pinto coloca em livro o seu percurso pessoal, ou seja, o de um jovem de origens modestas que, com empenho e sentido de missão, atingiu o sucesso que poucos, à partida, teriam previsto, sendo hoje embaixador e cônsul-geral de Angola em Nova Iorque.
“Um exemplo de determinação desde as plantações de café no Uíge até serviço diplomático angolano, construído com generosidade, tolerância e alegria”, refere.
Manuela Bairos escreve ainda no prefácio que Adão Pinto, no seu livro, aparece como observador de três paradigmas de organização política, económica e social: “colonial, comunista e capitalista”, diz a diplomata portuguesa.
Percurso do autor
Adão Pinto nasceu a 2 de Junho de 1960, na cidade do Uíge. Herdou do seu avô paterno o seu nome em kikongo – Mengumbe (uma espécie de pássaro). Oriundo de uma família humilde, sobrevivente da guerra colonial e civil em Angola, é um dos 11 filhos de Rosalina Pemba e Pinto Muixi, proprietário de uma fazenda de café, a fazenda Caumbo.
Devoto cristão e pastor da Igreja da sua aldeia, Adão Pinto foi educado sob fortes valores morais. Fez a sua formação inicial em Angola, a sua licenciatura em Direito e o seu primeiro mestrado em Direito Internacional na Universidade de Kiev, na então União Soviética.
É ainda Mestre em Justiça Criminal pelo Monroe College, em Nova Iorque. Domina a sua língua materna, o kikongo, o russo, o inglês, o francês e o espanhol. Adão Pinto iniciou a sua carreira diplomática, em 1989, como Adido Diplomático na Direcção dos Assuntos Jurídicos e Consulares, do Ministério das Relações Exteriores de Angola.