A discussão sobre o estatuto do poder tradicional em Angola, seus direitos e deveres, com a participação de reis e sobas grandes do país, poderá terminar hoje.
Com início na Terça-feira, 03, esta que é a 1ª assembleia nacional extraordinária de balanço da Associação Nacional de Soberania Tradicional de Angola (ANSTA) decorre na Ombala Yo Mbalundu, arredores da vila municipal do Bailundo, sob o lema “Fortalecer a soberania tradicional de Angola.
O mesmo é realizado com o objectivo de analisar as actividades dos últimos dois anos da associação e elaborar um documento orientador sobre os direitos e deveres das autoridades tradicionais do país para ser apresentado no IV encontro nacional da cultura, previsto para este ano, em Luanda.
Entre os presentes destacase o do Bailundo, Tchongolola Tchongonga, do Huambo, Artur Moço, da Tchiaka, Evaristo París, das Lundas, Muatchissengue Watembo, do Cuando Cubango, Muene Menongue, do Porto Amboim, Ngana Lunga IX, do Lutchase, Costa Mweni Chivueka IV e do Kongo, Ntinu Ndoma Nkosi.
Em declarações à imprensa, o presidente da ANSTA, Miguel Matias Filipe, disse que o encontro vai definir os futuros trabalhos da associação e os métodos de resolução das dificuldades do dia-a-dia, com vista a permitir a sua melhor consolidado na sociedade.
O soba grande do Seles, Cuanza Sul, ressaltou as boas relações entre as autoridades tradicionais e o Governo angolano, que tem recebido com agrado as sugestões e recomendações provenientes dos membros da ANSTA, para o bem-estar comum.
Por seu turno, o Rei do Bailundo, Tchongolola Tchongonga, fez saber que o foco da actividade será definir o estatuto do poder tradicional em Angola e as suas assimetrias. Afirmou que a aprovação deste estatuto, com maior urgência possível, irá conferir maior dignidade e valor ao poder tradicional.
A ANSTA, fundada a 20 de Maio de 2022, tem como objectivo principal a união entre as autoridades tradicionais, o resgate da cultura angolana, a preservação da tradição e o fortalecimento das relações de parcerias dos seus membros com o Estado angolano.