A diplomata lançou este desafio quando falava, no fim-de-semana, num painel de embaixadores africanos acreditados em Cuba durante a 22.ª Conferência Internacional da Cultura Africana e Afro-americana, que decorre na cidade de Santiago, sudoeste deste país caribenho.
No seu entender, a aplicação de todos os países nesta perspectiva será a “mola impulsionadora” para que, por um lado, se criem cada vez mais condições para a pesquisa aprofundada, cujos resultados serão a exaltação, valorização e partilha dos conhecimentos que enriquecem o desenvolvimento das sociedades africanas.
Referindo-se a Angola, Maria Cândida Teixeira apontou os passos que o Executivo tem dado para elevar, por exemplo, o género musical Semba a património imaterial da humanidade, à semelhança do Sona, símbolo da cultura Cokwe.
Depois de ter incluído a rumba congolesa na lista do património cultural imaterial da humanidade com matriz africana, a UNESCO aprovou também o Thiébou Dieune, prato nacional senegalês, a Moutya, dança dos africanos escravizados que foram levados para as Ilhas Seychelles, assim como a Tbourida, arte equestre marroquina, baseada numa tradição guerreira.
O evento, de carácter anual, tem como objectivo promover e divulgar os valores da cultura africana, afro-caribenha e afroamericana. Este ano, a edição é dedicada ao património imaterial destas regiões.