A gravação e divulgação de estilos de música folclórica ou popular, como forma de perpetuar os valores culturais, hábitos e costumes da região, foram defendidas, esta terça-feira, em Ondjiva (Cunene), pelo chefe de Departamento de Acção Cultural da província, Adérito Armando.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Mundial da Música, que se assinalou recentemente, o responsável destacou o facto de na actualidade o panorama artístico ter mudado e muitos enveredaram pela valorização do património musical cultural.
Por este facto, realça a necessidade de os artistas gravarem de forma audiovisual as suas músicas, na sua maioria acompanhadas de dança, e partilharem em páginas, blogs e canais da internet, de modo a passar esta informação, pois que este estilo provoca o interesse ao turismo cultural.
Assegurou que a diversidade rítmica, a riqueza da música e da dança tradicional, feitas na sua maioria através de ditados populares que são transformados em música, passam de geração em geração, representando a simbologia e a mensagem da tradição de cada comunidade.
“Infelizmente, os nossos músicos não criam estas condições para divulgarem os seus produtos, que podem atrair turistas nacionais e estrangeiros e vender produtos ligados à indumentária, gastronomia, cânticos, entre outros”, admitiu.
Precisou que, devido às dificuldades de gravações deste estilo musical por parte das produtoras locais, as canções têm sido registadas no Gabinete da Cultura local, de modo a garantir direitos autorais.
Em termos da música moderna, notou que a província conta com mais de 500 artistas e 34 estúdios de gravação a nível dos seis municípios, mas a maior parte destes não conseguem desenvolver a sua actividade, por falta de salas.
O Dia Mundial da Música foi instituído em 1975 pelo Internacional Music Council, fundada em 1949 pela UNESCO. A data tem por objectivo a promoção da arte musical, divulgação da diversidade e aplicação dos ideais da UNESCO com a paz e amizade entre povos.