Denominado “50 anos, 50 homenageados”, neste dia vai prestar tributo à escritora infantil Cremilde de Lima, a partir das 12 horas, na sua residência, pelo contributo crescente no desenvolvimento da literatura infantil no país.
Segundo o responsável da A.S Leituras, pretendem com estas acções dar a conhecer às crianças, adolescentes e jovens (sociedade no geral) o percurso destes escritores, por formas a inspirá-los.
“A primeira homenageada será a professora Cremilda de Lima. Para melhor situar, as homenagens vão acontecer ao domicílio dos escritores”, sublinhou. Entre os homenageados, consta os escritores Maria Eugênia Neto, Dário de Melo, Gabriela Antunes (a título póstumo), Manuel Rui, Kudijimbe, Akiz Neto. No culminar das homenagens, disse, será produzida uma revista com todos os escritores, denominada “Letras e Leituras”.
A homenageada
Maria Cremilda Martins Fernandes Alves de Lima (Luanda, 25 de Março de 1940), é uma autora de literatura infanto-juvenil angolana. Nascida em Luanda durante a administração portuguesa de Angola, após concluir os estudos, frequentou diversos cursos de formação de professores entre 1962 e 1963 no Bié, e em Luanda entre 1963 e 1964. Posteriormente, começou a trabalhar como professora primária em Malanje, e em Luanda em 1965.
Em 1984 aderiu à União dos Escritores Angolanos, publicou vários livros infantis, entre eles “O Tambarino Dourado”, “Os Kandengues desfilam no carnaval”, “Tetembwa Ya Dipanda (Estrela da Independência) ”, em quimbundo, “Uma Aventura nas Nuvens”, “Brincadeira ao Luar”.
Prémios
Cremilda de Lima foi nomeada para o Prémio Memorial Astrid Lindgren duas vezes (em 2008 e 2009). O prémio foi fundado pelo governo sueco e é atribuído como condição pelo mérito distinto na literatura infanto-juvenil.
Em 2008, foi galardoada com o Diploma de Mérito pelo Ministério da Cultura de Angola em contribuição à divulgação da literatura infantil angolana. Em 2016, venceu o Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de literatura. O presidente do júri, António Fonseca, descreveu Cremilda como “uma das pioneiras” na literatura infantojuvenil angolana.