A terceira conferência do projecto “Conversa da Academia à Quinta-feira” é realizada hoje, com o tema “Direito: A Desconstrução de um Salvador”, que terá como convidado o jurista Gilberto Luther, a partir das 19 horas, na plataforma Zoom, promovida pela Academia de Letras
Sob moderação do também jurista, Carlos Teixeira, a conferência é aberta ao público, no geral, em qualquer parte do mundo.
O jurista, entre outras funções, no período de dois anos, 2018 e 2019, desempenhou o papel de Administrador Executivo do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado.
A segunda conferência teve como convidado o artista plástico, António Tomás Ana “Etona”, que dissertou sobre “As Artes Plásticas em África” na presença de académicos e investigadores angolanos, moçambicanos e portugueses.
Sob moderação do antropólogo Patrício Batsikama, o pintor e escultor sublinhou que, no continente berço tem sido difícil para os pensadores determinar o adversário do desenvolvimento.
Na sua abordagem, o membro da UNAP sugeriu a redefinição das políticas públicas ligadas à cultura, de modo a permitir a real descolonização do consumo e da criação artística, iniciada da década de 1960.
No decorrer da conferência, Etona falou das consciências colectivas que se juntam em instituições como mercados, igrejas, plataformas políticas ou cívicas, onde as pessoas se aglomeram para fins comuns.
Mas, acrescentou que a “sociedade angolana está órfã de pensadores. Os pensadores em Angola são cada vez mais raros”.
Para o artista, os africanos estão a ser vítimas da sua inércia: “Enquanto não formos actores do nosso próprio destino artístico, será difícil a descolonização artística, pois o Ocidente define o que devemos consumir, também em termos artísticos.
Vejam que, em Angola, ainda é irrisório o valor do OGE destinado à Cultura”, ressaltou.