A nova temporada artística do Colectivo de Artes Enigma- Teatro arranca no dia 29 de Março em Luanda, em saudação ao Dia Mundial do Teatro, que é comemorado nessa mesma data
Por: Antónia Gonçalo
Para saudar a data, o colectivo vai estrear duas peças teatrais, designadamente “Casados e cansados” e “Síndrome de estocolmo”. A primeira será apresentada no dia 29 de Março, enquanto que a segunda será em Julho, durante a abertura do Circuito Internacional de Teatro.
A peça “Casados e cansados”, escrita por Tony Frampênio, retrata a vida de Dragão e Carolina, casados há 50 anos, vivem aborrecidos um com o outro. O casal, durante a crise, lembra momentos que marcaram a relação. “Síndrome de Estocolmo” está relacionado com a prisão psicológica, que um indivíduo passa, através do sentimento que nutre por uma pessoa. Conta a história de um casal, em que o marido priva os direitos da esposa e condiciona a não deixá-lo.
Formação Por outro lado, vinte e cinco actores do Colectivo de Artes Enigma-Teatro, está a beneficiar de uma acção formativa em cenografia e actuação. O curso começou em Novembro do ano passado, e terminará no dia 29 de Março, altura em que se assinalará o Dia Mundial de Teatro.
Segundo o responsável, esta acção formativa visa capacitar todos os actores, entre consagrados e novos talentos, para corresponder aos novos desafios deste grupo de artes cénicas. Digressão Em Julho do ano em curso, o colectivo vai representar o país no Festival Internacional de Teatro de Inverno (FITI), em Moçambique, durante o qual apresentará duas peças: “A grande questão” e “Casados e cansados”.
Tony Frampênio explicou que “A grande questão” é uma peça criada, há oito anos, foi vencedora do Prémio Cidade de Luanda em 2010 e está disponível no mercado nacional em DVD. Criada por si, a peça aborda de forma humorística a história da cidade de Luanda, satirizando questões inerentes à vida sócio- política, cultural e económica do país.
De género sátira, “A grande questão” durante 60 minutos retrata igualmente os aspectos intrínsecos da cidadania, como o resgate dos valores e cívicos. Tony Frampênio referiu que a organização do FITI escolheu a peça para ser apresentada no festival, por considerar que o seu conteúdo se relaciona com questões sócio-políticas, cultural, social e económica do nosso país.
“Fomos convidados no ano passado para participar no festival, mas por falta de verbas não foi possível. Esperamos que este ano possamos representar o país nesta actividade”, apontou.