Foi uma fase de profundas transformações, onde vários profissionais começaram a registrar eventos como as invasões sul-africanas e os conflitos internos. Essa era a época em que começaram a surgir os primeiros documentários e uma produção cinematográfica que ainda carecia de uma estrutura formalizada.
Com a fuga de quadros portugueses e a escassez de formação, o cinema foi produzido principalmente de maneira empírica, onde os cineastas aprendiam com a prática. A criação de instituições, como o antigo Instituto Angolano de Cinema (IACAM), em 1977, foi um passo importante para começar a formar os primeiros técnicos e cineastas.
Além disso, a Promocine, uma cooperativa que se dedicava à formação nas áreas de som, imagem e laboratório, também foi fundamental para o desenvolvimento do sector.
Óscar Gil, realizador, referência no cinema nacional, com mais de 50 anos de carreira, conta que após a independência, devido ao défice de profissionais na área, em 1975 começou a formação de quadros, enquanto paralelamente a produção cinematográfica.
Classifica a década de 70 a 90 como o “Cinema ano zero”, momento em que o verdadeiro cinema angolano começou a se formar após a independência em 1975. Uma fase de profundas transformações onde, com outros colegas, percorreram o país e registaram a história política e militar ocorrida neste período.
Quando a TPA foi criada, a 18 de Outubro de 1975, um mês antes da proclamação da independência, conta, houve a formação de dois departamentos cruciais: um dedicado à informação e outro voltado à produção de documentários e filmes.
Nomes como Rui Duarte de Carvalho, António Ole, Asdrúbal, Beto Moura Pires, Jorge Gouveia, e os Manos Henriques, da famosa Equipa Zero, foram essenciais nesse início.
Era uma estrutura montada com alguma produção, mas ainda muito escassa, e que acabou por desaparecer por volta de 1985”. Conta disse que, com a fuga de muitos quadros portugueses, foi necessário não apenas preencher os postos de trabalho, mas também garantir que o país tivesse uma base sólida para produzir cinema e comunicação.
Em 1978, o Laboratório Nacional de Cinema foi criado, permitindo que a produção cinematográfica angolana ganhasse mais autonomia. O país começou a registrar e documentar eventos históricos, sendo que alguns dos nomes mais relevantes dessa fase foram os cineastas Álvaro Correia, Salgado Costa, e o próprio Óscar Gil.
Devido aos desafios logísticos e técnicos nos anos 70 e 80, o cinema, os cineastas tinham que enviar suas películas para outros países, como Portugal ou Itália, para que fossem reveladas, o que aumentava o tempo de produção e as dificuldades. “Fazíamos a cobertura de eventos políticos e militares, e todo o material sensível, como as imagens de guerra, tinha que ser tratado fora do país”, disse Gil.
Da criação das primeiras estruturas à actualidade
A história do cinema em Angola é marcada por momentos de grande desafio e superação. Desde os primeiros passos dados nas décadas de 70 e 80, a produção audiovisual do país enfrentou tanto a escassez de recursos como a urgência de criar uma identidade cinematográfica própria.
Como narra Óscar Gil, cineasta e figura chave neste processo, a década de 1970 representou um período fundamental para as primeiras tentativas de estabelecer uma estrutura para o cinema nacional. Para superar essas dificuldades, a TPA criou seus próprios laboratórios de 16mm, focados em documentários para o telejornal.
A produção de filmes em 35mm também era uma realidade comum, com os cineastas da época em acção para garantir que os trabalhos tivessem qualidade, mesmo com a falta de infraestrutura.
Óscar Gil fez um panorama sobre a filmografia angolana até 1985, destacou Ruy Duarte de Carvalho, por exemplo, deixou um vasto legado com filmes, ficção e documentários como “Angolano Trabalho Com Força” (1975), A Voz do Povo” (1976), e “e “Ondyelwa” (1977), um documentário sobre um ritual ancestral do sul de Angola.
O trabalho de Carvalho, disse, foi fundamental para a preservação da cultura angolana e a conscientização da população sobre suas próprias tradições. Mencionou o trabalho de António Ole, que além de ser um artista plástico, se dedicou ao cinema e produziu documentários como “Os Ferroviários” (1975) “Resistência Popular em Benguela” (1975), “Aprender” (1976), “Sonangol, 10 Anos Mais Forte” (1987), “Luanda”(1994/ 1995), entre outros. Lembrou-se o de Asdrúbal Rebelo, que participou de filmes como “Filhos da Rua” (1990) e “Escrever a Vida” (1990), que retrataram a realidade do país durante e após o período de guerra.
Obras cinematográficas, com legado que considera fundamental para entender a história do cinema angolano e sua relevância na preservação da memória histórica do país. Durante a sua narração, fez questão de render homenagens a vários cineastas que contribuíram para o desenvolvimento do cinema angolano, especialmente aqueles que estiveram presentes no “Ano Zero”.
Entre eles, destacaram-se os irmãos Chico, Victor e Carlos Henriques, que trouxeram equipamentos e conhecimentos fundamentais para o cinema local, mesmo durante os tempos difíceis da guerra. “Esses cineastas não só trouxeram suas máquinas, mas também trouxeram suas experiências e ajudaram a formar os primeiros passos do nosso cinema”, explicou.
Nova Geração: desafios e oportunidades
Com a evolução tecnológica, o acesso às ferramentas de produção tornou-se mais fácil, mas Óscar Gil destaca que ainda faltam políticas públicas que incentivem e apoiem o cinema nacional. “Hoje, temos a internet, computadores e até smartphones, o que facilita o processo criativo. Mas o grande problema é a falta de formação e apoio institucional para esses jovens”, comentou.
Sublinhou que, apesar das dificuldades, há uma nova geração de cineastas ansiosos para fazer cinema. A formação, no entanto, ainda se mantém como um dos maiores obstáculos. “Não podemos esquecer que Angola está em um processo contínuo de construção. Temos pouco mais de 20 anos de paz e muitos desafios pela frente, incluindo a infraestrutura e o acesso à cultura”, observou.
No entanto, alerta para a actual situação das salas de cinema no país, que, em sua maioria, estão deterioradas e sem público. “Infelizmente, as salas de cinema têm servido a interesses empresariais e muitas estão sendo desaproveitadas, virando igrejas, armazéns de bebidas ou salões de eventos”, lamenta o cineasta. Considera a importância de se recuperar essas salas para a promoção do cinema nacional, que, embora existam bons cineastas e filmes, ainda carece de um espaço adequado para ser exibido.
“O Governo tem de agir, precisamos de políticas fortes para reaproveitar essas salas e transformá-las em centros culturais. Se não for possível usar para cinema, que seja para outras atividades culturais, como teatro, música e dança”, sugere.
Cinema produzido no pós-independência e o realizado nos dias actuais
O produtor e realizador Mawete Paciência, que abraçou o mundo do cinema há 20 anos, referiu que os filmes de antigamente eram mais propagandistas, onde muitos conteúdos da época foram produzidos com a intenção de promover ideologias políticas, transmitidos principalmente pela TPA.
“Quando a TPA começou, seus primeiros arquivos eram conteúdos cinematográficos. Esses filmes eram frequentemente exibidos nas salas de cinema antes de outras produções e tinham um carácter mais informativo do que artístico”, contou.
Hoje, o cinema angolano experimenta uma nova fase, mais ousada e focada na ficção. “Não fazemos mais filmes de propaganda política, agora contamos histórias ficcionais, com personagens mais complexos”, diz Mawete. A diferença entre o cinema actual e o das décadas passadas disse ser notável, com mais diversidade de temas e uma busca maior por qualidade.
No entanto, lembra que ainda há muito a ser feito para que o mercado cinematográfico angolano se desenvolva plenamente. Entre 2004 e 2020, Mawete que se tornou uma referência importante, referiu que os filmes “Na Cidade Vazia”, de Maria João Ganga, de 2004, entre outros, foram fundamentais na criação de uma nova geração de cineastas que renovaram a ficção nacional com uma abordagem inédita.
Formação profissional no cinema
Uma das maiores dificuldades do cinema angolano disse ser a falta de profissionais qualificados, mas acredita que a entrada de novos quadros nos últimos anos tem sido um factor crucial para a evolução do sector.
No entanto, frisa que ainda falta infra-estrutura e mais formação para que o mercado cinematográfico se torne mais robusto e sustentável. Aponta aqui a falta de políticas públicas voltadas para o incentivo ao cinema como um obstáculo significativo para o crescimento do sector.
“Como podemos promover o turismo e a imagem de Angola no exterior se não investirmos em nossa cultura e no cinema?”, questiona. Para que o cinema angolano se desenvolva, de facto, acha necessário um investimento mais substancial, tanto por parte do Governo quanto da iniciativa privada.
“Sem apoio financeiro, não conseguimos ter uma boa equipa, nem atrair profissionais qualificados”, explica. Mawete acredita que, com mais incentivos, seria possível criar um mercado cinematográfico dinâmico, com várias produções anuais, e não apenas uma ou duas.
O cineasta compartilha o sonho de ver o cinema angolano sendo exibido em plataformas internacionais e com uma representação mais significativa no exterior. “Gostaria de ver nossos filmes nas grandes plataformas de streaming”, diz. Embora o caminho seja longo e desafiador, acredita que o futuro do cinema angolano é promissor.
Desafios no período pós-independência
Em um relato envolvente sobre o cinema angolano nos últimos 50 anos, Ngouabi Silva, que entrou ao mundo do cinema em 2006, compartilhou suas memórias, desafios e esperanças para a sétima arte do país. Disse que, na era colonial, o cinema não se reflectia no cidadão nativo.
Para Ngouabi Silva, as referências cinematográficas angolanas se consolidaram após a independência, com nomes marcantes como Óscar Gil, Jorge António, Maria João Ganga, Tomás Ferreira “Walter” e Henrique Narciso. Mais recentemente, profissionais como Ambriz Satanha, Ery Claver, Tadisi Baruch e Henrique Júnior “Dinho” têm-se destacado. Destacou os altos custos das produções cinematográficas.
No entanto, com o avanço tecnológico e a transição para o formato digital, alguns processos tornaram-se mais acessíveis. “O maior ganho foi ter abdicado do uso da película, o que facilitou as produções e trouxe mais qualidade, mesmo com procedimentos mais baratos”, explicou.
Apesar disso, o realizador lamenta que o cinema angolano tenha enfrentado retrocessos. “Nem tudo é tecnológico; a qualidade dos profissionais também precisa de um upgrade, e essa etapa em Angola está mais lenta”, reconheceu.
Falta de apoios e o mercado nacional
Para Ngouabi, um dos maiores desafios é a falta de apoio financeiro. “É muito difícil conseguir apoio para produções cinematográficas independentes Não censuro o empresariado, pois o investimento é voluntário, mas é realmente complicado”, afirmou.
Ressaltou que o cinema é uma extensão audiovisual do olhar artístico, que narra a história do país ao mundo. Com uma produção pessoal de dez filmes em seis anos, Ngouabi se considera um exemplo vivo da irreverência artística, mesmo com parcos apoios.
Educação e legislação para avançar
O realizador reconheceu avanços na formação profissional, com instituições de ensino na área do audiovisual. Contudo, defende a necessidade de políticas legais mais eficazes. “Uma Lei do Mecenato funcional seria uma revolução para o sector”, enfatizou.
Com obras relevantes no cenário internacional, muitos artistas angolanos enfrentam dificuldades para tirar seus projectos do papel. Com isso, observa que o cinema precisa de uma maior atenção para das entidades de direito.
Desafios e avanços em busca de conhecimento
Jorge Cohen, produtor e cofundador da produtora Geração 80, lembra com emoção de suas primeiras experiências com o cinema angolano. Para si, uma das memórias mais marcantes foi assistir ao filme “Na Cidade Vazia”, de Maria João Ganga.
“Eu lembro-me que havia uma criança, um miúdo, e eu também era miúdo, que andava ali pelas ruas de Luanda e passava pelos coqueiros,” descreve Cohen, recordando a experiência de ver a produção angolana no Cinema Atlântico.
Este momento representou a conexão inicial de Cohen com a importância do cinema local e a necessidade de se ver representado nas telas. Para Cohen, o início do cinema nacional pode ser rastreado até a obra “Sambizanga”, de Sara Maldoror, em 1972.
Embora a realizadora não seja angolana, o filme retrata uma história profundamente ligada à realidade do país, com actores angolanos e uma adaptação do romance de Luandino Vieira.
A temática da independência e da libertação, abordada pela perspectiva de uma mulher, faz deste filme um marco do cinema angolano. Além de “Sambizanga”, destaca o “Carnaval da Vitória”, em 1977, de António Olé, como um exemplo vibrante da cultura popular luandense. O documentário é descrito como uma explosão de cores que reflecte as manifestações culturais de rua e a força da identidade angolana.
Defende que a estética e a temática do filme merecem mais divulgação, já que ele captura uma expressão genuína da vida urbana e da cultura de Luanda.
Renascimento do cinema nacional na década de 90
A década de 1990 representou um período de respiro para o cinema angolano, com a produção de filmes como “O Herói”, em 2002, de José Zé Gamboa, e “Os Assaltos em Luanda”, em 2007, de Dito Narciso.
O primeiro, em particular, teve uma recepção internacional significativa, ganhou prémios no prestigiado Festival de Sundance, colocando o cinema de Angola em um palco global.
Além de filmes como esses, os anos 2000 viram o surgimento de novas produções, como “Filha Única”, em 2007, do realizador e produtor Biju Garezim. Mesmo com orçamentos reduzidos, os profissionais continuaram a explorar questões nacionais.
Essa fase foi caracterizada por produções mais populares, como “Ginga, Rainha de Angola”, em 2013, e “I Love Kuduro”, no mesmo ano, que marcaram uma nova fase no cinema de Angola.
Contributo da Geração 80 nos últimos anos
Considera que, actualmente, a Geração 80 tem sido uma força vital para o cinema angolano, com produções que abrangem diversos géneros, incluindo documentários e ficção.
Fundada em 2010, a produtora tem sido responsável por alguns dos filmes mais relevantes da cena cinematográfica local, como “Independência”, que venceu o Prémio Nacional de Cultura e Artes em 2022, e Para Lá dos Meus Passos, de Kami Lara.
Além disso, disse, a produtora também impulsionou a criação de curtasmetragens e filmes experimentais que têm ganhado reconhecimento mundial. Tem feito ainda a divulgação de filmes através de vários projectos.
Fortalecimento do cinema
Apesar dos avanços, Jorge Cohen aponta que o cinema angolano ainda enfrenta grandes desafios. O principal é a falta de investimento contínuo, tanto público quanto privado. Sem esse suporte, o sector não consegue crescer de forma consistente. Enfatiza a importância de políticas claras de fomento ao audiovisual, além da criação de fundos de apoio, como ocorre em diversos outros países.
Aponta a criação de festivais de cinema e espaços de visibilidade como outro ponto fundamental, pois oferece aos produtores, realizadores e distribuidores uma plataforma para discutir e encontrar soluções para os desafios da produção nacional.
Além dos investimentos, destaca a crescente diversidade de profissionais no sector audiovisual. A formação de cineastas tem evoluído, com muitos profissionais vindo de áreas como artes plásticas, publicidade e redes digitais, o que tem reflectido em uma maior diversidade de trabalhos e abordagens no cinema nacional.
Embora a formação ainda seja um ponto de melhoria, a presença de instituições como o Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola (IMETRO) e parcerias com escolas internacionais têm sido crucial para a capacitação de novos talentos. “O futuro do cinema angolano depende, acima de tudo, do fortalecimento das políticas de apoio à produção e à distribuição.
A busca por um mercado mais amplo e a democratização do acesso ao cinema, com o apoio da televisão e de festivais, são fundamentais para garantir que o público continue a consumir as produções locais”, asseverou.
Preservação do acervo fílmico nacional
Domingos Magalhães, director adjunto da ANICC, formalizada pelo Decreto Presidencial n.º 145/24, avançou que, para compreender a história do cinema angolano, é fundamental analisar os diferentes períodos de produção cinematográfica antes da independência.
Entre os destaques estão os documentários de carácter propagandístico que abordavam temas económicos, políticos, religiosos e etnográficos, além de algumas obras de ficção. Obras icónicas desse período incluem “Monamgabée” (1968) e “Sambizanga” (1972), ambos dirigidos por Sarah Maldoror.
Embora esses filmes sejam os mais acessíveis actualmente, é importante lembrar produções anteriores, como “Feitiço do Império” e “A Voz do Sangue”, referenciadas nas obras de José Mena Abrantes.
Após a independência, surgiram produções marcantes que documentaram a transição e a construção de uma nova nação. Destacam-se “Ritmo do Ngola Ritmo” (1978), de António Ole, “Nelisita” (1982) e “Faz lá Coragem Camarada” (1977), de Ruy Duarte. No entanto, um dos principais desafios enfrentados pelo sector foi a escassez de profissionais qualificados, apesar da existência de alguns equipamentos herdados do período colonial.
Valorização da produção nacional
Magalhães ressalta que cada produção cinematográfica nacional tem valor histórico e cultural, regista elementos da identidade angolana. No entanto, a falta de apoio financeiro e de oportunidades de financiamento impede muitos profissionais de realizarem plenamente seus projectos.
Explica que ANICC, a entidade que tem a missão de regular, apoiar e desenvolver a actividade de cinema e audiovisual no país, está ainda em fase de estruturação, enfrenta dificuldades para oferecer suporte robusto ao sector, mas busca contribuir institucionalmente sempre que possível.
Uma das principais prioridades da agência é a aprovação do regulamento da Lei do Cinema e do Audiovisual, que permitirá a arrecadação de fundos para apoiar a produção, distribuição, exibição e conservação de filmes nacionais. A transferência de salas de espectáculos e cinemas para a gestão da ANICC também é considerada fundamental para fomentar e desenvolver o sector.
Acervo fílmico nacional
Em relação ao acervo fílmico nacional, destaca-se a importância das obras que documentam os primeiros dez anos de independência do país. O projecto de restauro, preservação e digitalização desse acervo está em andamento, e em breve será inaugurada a Cinemateca Nacional, assegurou.
Avançou que o país também está investindo na construção de um Centro de Conservação, Restauro e Digitalização de Películas, com o objectivo de salvar parte do acervo que se encontra em condições precárias de armazenamento. “Uma boa parte da nossa história e memória colectiva está em risco de se perder, mas estamos a trabalhar para preservar o que ainda pode ser salvo”, afirmou Magalhães.
Potencial da indústria cinematográfica
A regulamentação da lei do cinema é vista como crucial para alavancar a indústria cinematográfica e audiovisual, o que gera empregos directos e indirectos, fortalece produtoras, distribuidoras e exibidoras, e completa o ecossistema dessa indústria em crescimento.
Apesar dos desafios, observa que o cenário cultural de Luanda mostra vitalidade, com a realização de seis festivais de cinema, como o Fest-Kianda, CineFest, Doc-Luanda, Festin e o AIFF.
Esses eventos desempenham um papel importante na promoção das obras nacionais, embora muitos ainda precisem de apoio financeiro e melhor organização.
Revelou que o Festival Internacional de Cinema de Luanda (FIC), pioneiro entre os festivais de cinema no país, tem previsão de retorno neste ano. Magalhães conclui enfatizando a necessidade de maior envolvimento das autoridades e de parcerias público-privadas para consolidar a indústria cinematográfica angolana, promovendo uma produção cultural diversificada e acessível tanto no mercado interno quanto no exterior.