O músico Calabeto, que celebrou no dia 3 do corrente mês 80 anos de idade, disse estar a enfrentar barreiras para lançar o seu quarto álbum por falta de dinheiro. O artista expressou que gostaria de ser recordado pelas novas e futuras gerações como “um mestre da música angolana”
António Miguel Manuel Francisco, ou simplesmente “Calabeto” ou ainda ‘Kota Bwe’, é um dos grandes ícones da música angolana, destacado no panorama artístico desde a era colonial, cantando as músicas populares de Angola, mesmo ainda em serviço da polícia do regime colonial português.
No dia 03 do corrente mês, Calabeto celebrou 80 anos de idade, com um leque de actividades que foram desde espectáculos musicais, convívio em família e amigos a sessões de homenagens. Actualmente, em véspera de celebrar os 63 anos de carreira, a se assinalar já no próximo mês de junho, o artista disse, em entrevista a OPAÍS, que gostaria de ver os jovens artistas a interpretarem as suas músicas, a beberem da sua experiência e conhe- cimento para enriquecer os tra- balhos por eles apresentados.
Sem receio, Calabeto expressou que gostaria de ser recordado pelas futuras gerações como “um mes- tre da música angolana” que, enquanto em vida, “viveu da música e pela música”. “Gostaria de ser recordado como um mestre da nossa música. Um artista que deu o melhor de si pela música angolana desde a sua juventude”, afirmou o artista com orgulho. Kota Bué, como é carinhosamente tratado nas leads musicais, destacou a importância da nova geração beber da experiência dos mais velhos, sobretudo para aprenderem e compreenderem a história e saberem preservar as raízes da música angolana.
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