O Movimento Cultural do Cunene realizou várias actividades no ano em curso. Qual o balanço que faz em termos de eventos?
No âmbito do expansionismo das acções do MCC, isto é, projectos de carácter nacional, destacam-se as realizações da III edição do Turismo Também É Cultura do Cunene a Luanda que foi realizado, em 27 a 31 de Agosto de 2024. A realização, em Janeiro, do projecto Mais Cultura, Mais Cidadania, Mais Angola, na província da Huíla, em parceria com a Mediateca do Lubango, em saudação ao Dia Nacional da Cultura.
A nível interno, o maior destaque foi, indubitavelmente, o lançamento do projecto Tertúlia Cultural Comunitária que se constitui em levar às diferentes comunidades e segmentos sociais o vasto mosaico cultural angolano e o seu diálogo com outras culturas. Funda-se a partir da necessidade da cultura estar cada vez mais próxima das comunidades e para comunidades. Só para se ter uma ideia, foram realizadas sete edições de Janeiro a Agosto em que foram oferecidos livros e diferentes manifestações artísticas.
Que outros projectos foram desenvolvidos, no âmbito da massificação do projecto?
No âmbito da política da consistência, o Movimento Cultural do Cunene manteve o projecto Motivação Escolar que acontece trimestralmente, isto é, realizado duas a três vezes por mês de cada trimestre. Cinge-se em promover palestras cujos escopos são o de orientação vocacional, o de incentivo à cultura livresca, o de à cidadania entre os temas que contribuam significativamente na construção da consciência colectiva. Neste ínterim, oferece livros e materiais didácticos aos alunos intervenientes. Tem havido também diferentes manifestações culturais como impute de incentivo às artes por parte dos alunos dos diferentes ciclos. Quanto ao balanço é totalmente positivo.
Deste modo, os projectos preconi- zados foram realizados?
Obviamente, tendo em conta que para materialização dos nossos objectivos contamos com a boa vontade de pessoas singulares e colectivas e, sobretudo, com a entrega incondicional dos nossos membros. Logo, só podemos queixar-nos do que de- pende de nós e tudo que depende de nós foi feito e continuará a ser feito com a mesma dedicação, entrega e amor que nos é característico.
Estas actividades, de que maneira beneficiaram os seus membros?
As nossas actividades são sempre pensadas para impacto positivo e necessário para a mudança de consciência e de paradigma dos diferentes segmentos sociais. E os nossos membros são parte da sociedade, enfrentam os mesmos problemas, logo, quando a acção é positiva para um não membro para nós é bastante satisfatório. Em todo caso, ir a Luanda foi a nossa maior realização até ao momento a par da II edição do FESTCAL/2022. Assim, os benefícios são vários, dentre eles: a mudança de consciência dos membros de singular para colectiva, a empatia, o aperfeiçoamento cognitivo e comportamental, elevação cultural…
O que aponta como dificuldades nesta jornada?
As grandes dificuldades foram/têm sido de fórum financeiro. As actividades do MCC dependem em grande medida pela contribuição dos seus membros e parceiros, que muitas vezes, tem sido institucional. Portanto, auguramos um 2025 diferente tendo em vista o compromisso do MCC em prol do desenvolvimento do Cunene e de Angola.