O encontro reuniu destacadas personalidades do universo cultural e teatral, como o presidente da AAT, Tony Frampénio, o secretário provincial da AAT no Huambo, Rodrigues Kanhanga, e o General Cassoma, membro do Conselho de Honra da AAT, além de directores, dramaturgos, actores e outros profissionais das artes cênicas.
O evento foi composto por dois painéis de discussão, que abordaram temas fundamentais para o desenvolvimento e fortalecimento do teatro no Huambo e em Angola como um todo.
O primeiro painel – O Percurso Histórico do Teatro no Huambo e Preservação da História Dramática, trouxe uma reflexão sobre a trajectória histórica do teatro na província.
Pascoal Nhanga e Alexandre Canguenha, membros do Conselho de Honra da AAT, destacaram o rico legado teatral da região, ressaltando a importância de sua valorização e preservação. Em seguida, o presidente Tony Frampénio apresentou o tema “Do Texto ao Livro: A Preservação da História Dramática do Teatro”, reforçando a necessidade de documentar e preservar as obras teatrais como forma de garantir o crescimento contínuo do teatro angolano.
O segundo painel – Desafios e Estratégias para o Futuro do Teatro Angolano, abordou os desafios e estratégias para consolidar o teatro em Angola. Nelson Nhanga, director do Projeto SOS Teatro do Huambo, apresentou o tema “Projectos Teatrais: Estratégias de Unidade e Consolidação do Teatro”, enfatizando a importância de unir as diversas vertentes do teatro e de desenvolver projectos sustentáveis.
Elizabeth Guerra, actriz do Projecto SOS Teatro, moderou a discussão sobre “O Papel da Mulher no Teatro”, destacando a necessidade de maior participação feminina e igualdade nas produções teatrais.
Por fim, o General Cassoma, membro fundador e do Conselho de Honra da AAT, refletiu sobre “A Importância do Associativismo Cultural”, ressaltando a relevância da colaboração entre instituições culturais e a união dos artistas para o fortalecimento do cenário cultural angolano.
Encerramento e apelo à acção
A moderação do evento ficou a cargo de Sacalei Freitas, e o encerramento oficial conduzido por Tony Frampénio. Em seu discurso final, Frampénio destacou três pilares essenciais para o fortalecimento do teatro angolano.
O primeiro, “A institucionalização do teatro nacional”; seguindo-se “A formação de operadores e profissionais do sector” e “Produção e massificação do teatro em todas as regiões do país”.
O responsável enfatizou que, ao adoptar esses princípios, o teatro angolano poderá se tornar autossuficiente, reduzindo a dependência de recursos externos e consolidando-se como uma força cultural independente e respeitada.
Com um programa enriquecedor e reflexões profundas, a 2.ª Edição do Café Teatro Huambo reafirmou o compromisso da Associação Angolana de Teatro em promover o crescimento e a valorização das artes cênicas no país.