Momentos de partilha e aprendizado marcaram a III edição do projecto “Turismo Também é Cultura”, realizado em vários palcos da cidade capital, durante cinco dias, com a participação de mais de duas dezenas de artistas de Luanda e do Cunene
Apresente edição do evento, realizado pelo Movimento Cultural do Cunene (MCC), viu a sua última actividade ocorrer no passado sábado, 31 de Agosto. Dionísia Ndaendelao, a porta-voz do evento, disse que as várias actividades possibilitaram aprimorar as técnicas dos participantes, melhorar as valências e, sobretudo, o aprendizado por meio da partilha de palco com artistas como Os Imortais, Obadias Correia, Zola Ramos, Bel Neto, Paulo Tatório e Tina Bunga.
“O encontro entre artistas de Luanda e do Cunene correu muito bem. Consideramos ter sido um acto de muita coragem e sagacidade termos realizado a III ediçãodo Turismo Também É Cultura na capital do país, tendo em conta o elevado grau de dificuldades pelas quais nos deparamos. Todavia, importa realçar que ultrapassou as nossas expectativas”, salientou.
Os vários momentos vividos pelos participantes Dionísia Ndaendelao disse ainda terem sido impactantes, pela interacção com o secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA), David Capelenguela.
De igual modo, pela realização do espaço “Café Turístico”, com o poeta Lopito Feijóo, e a participação no II Simpósio Nacional de Crítica Literária, na UEA. “É importante relembrar que estamos a falar de jovens artistas, académicos e cultores que, sem recursos financeiros que permitam uma maior robustez financeira, se deslocaram a Luanda, numa comitiva composta por catorze elementos”, frisou.
Visitas a lugares históricos e culturais
Os artistas do Cunene aproveitaram a sua estadia em Luanda para visitar o Mausoléu Doutor António Agostinho Neto, União dos Escritores Angolanos, Museu de História Natural, CEFOJOR, Palácio de Ferro, Complexo das Escolas de Artes, para constatação do seu funcionamento.
Estas e outras actividades realizadas Dionísia descreve como sendo necessárias para o processo criativo dos artistas, cujas obras devem transbordar as componentes históricas e culturais do país.
“As trocas de experiências, as partilhas de ideias entre membros do MCC e outras entidades, individualidades e artistas foram também um dos muitos momentos nobres.
Outrossim, a arte propriamente dita e a performance em palco foram também um dos pontos altos, pela apresentação de diferentes manifestações artísticas, em que algumas diferem muito do nosso modo de representatividade”, constatou.