APROCAL trabalha com Universidade do Carnaval do Brasil para formação no domínio da indústria

O presidente da Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL), tany Narciso, afirmou ao OPAÍS que o órgão tutor está a trabalhar com a Universidade do Carnaval do Brasil no sentido de transformar o Carnaval numa indústria cultural

O dirigente fez saber que, este ano, foram encetados contactos com a referida universidade, e a componente da indústria cultural do Carnaval, sobretudo a área têxtil, mais uma vez esteve no centro dos debates.

Tany Narciso salientou que, no quadro deste intercâmbio, o país enviará para a Universidade daquele país irmão alguns elementos para a formação no domínio da Indústria do Carnaval, sendo que os demais poderão fazê-lo posteriormente em Angola.

“Estamos a pensar mandar pessoas para a formação nesta Universidade e também peritos que virão ao nosso país dar formação. Chegamos num tempo em que tudo o que é do Carnaval em Luanda vem de fora”, realçou.

O responsável admitiu que, caso for concretizada esta intenção, a componente da indústria cultual do Carnaval poderá ajudar bastante na diminuição dos custos do Carnaval em Angola. Porém, o grande objectivo desse projecto é tornar o entrudo menos oneroso para as respectivas agremiações, uma vez que todo o material a elas relacionado é produzido no estrangeiro.

“Demos conta de que o Carnaval pode ser menos oneroso para os grupos, se formos nós a fabricarmos os nossos próprios artefactos. A partir daí, poderá haver um aprendizado neste intercâmbio”, afirmou Tany Narciso.

A intenção, segundo o responsável, é que haja um interesse por parte das indústrias, sobretudo têxteis e manufacturadas, empoderem produzir adereços e outros artigos que possam favorecer o Carnaval angolano.

Tany Narciso sublinhou que, além da Indústria do Carnaval, estão a envidar-se também esforços visando a criação de uma escola do Carnaval, o museu do Carnaval e oficinas, uma vez que, além de preservar o Carnaval, deve-se também actualizá-lo, mas sem perder de vista a essência do país.

“Temos estado a sentir cada vez mais o interesse da população em dançar o Carnaval, manifestando o ponto de vista cultural, e essa alegria dá-nos mais força para prosseguirmos com o nosso trabalho”, disse Tany Narciso.

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