A obra poética “Correntes da Utopia” do angolano António Baptista, um retrato da sociedade angolana abordado em diversas vertentes, foi quarta-feira, apresentada ao público, na casa de Angola, em Lisboa, pela editora Cultiva Livros.
A obra, primeira do autor, apresenta 50 poemas e tem uma tiragem inicial de 200 exemplares.
Ao apresentar o livro, o escritor Martins Bernardo da Silva Neto destacou o facto deste poemário apresentar problemas vividos por angolanos, como o amor e a esperança numa linguagem simples e acessível.
Segundo o apresentador, em “Correntes da Utopia” verifica-se também uma construção rítmica que merece aplausos por ser este autor uma pessoa que está a entrar para o mundo dos escritores angolanos.
Martins Bernardo da Silva Neto salientou que, a densidade da poesia de António Baptista reside na linguagem, já que o poema é a organização rítmica de palavras condensadas e expressas em verso com potencialidades estéticas, cujo universo lírico constrói a essência da credibilidade literária.
António Baptista-Kallaf (Ngongongo) nasceu aos 16 de Abril de 1962, na província de Luanda.
Activista desportivo e cultural, iniciou a praticar artes no grupo Horizonte Nzinga Mbande e no Oásis da Angotel, na província do Namibe.
Frequentou em 1993 o seminário básico de capacitação científica e artes cénicas no Lubango (Huíla).