Ao proferir o discurso de abertura em representação do ministro da Cultura, Filipe Zau, Maria da Piedade de Jesus salientou que o governo angolano está atento à necessidade de se melhorar as políticas de gestão e conservação dos arquivos históricos e, por esta razão, associa-se aos restantes países da CPLP na troca de ideias e experiências inovadoras para melhor traçar e executar as políticas públicas inerentes aos arquivos histórico-culturais nacionais.
Maria de Jesus sublinhou que a troca de experiência vai permitir a criação de uma plataforma de comunicação entre os arquivos dos países da CPLP, de modos que os Estados consigam beber um pouco das boas práticas de gestão dos arquivos uns dos outros e cada um traçar os caminhos mais viáveis, neste sentido, em função da sua realidade e contexto.
“Essa troca de experiência vai permitir olhar um pouquinho para aquilo que são as políticas de salvaguarda dos documentos arquivísticos e, a partir destes conhecimentos, cada país melhorar o seu trabalho, o seu modo de actuação neste campo, em função da sua realidade e as suas possibilidades”, referiu a governante.
Sublinhou ainda que, nesta conferência que tem a duração de dois dias, os especialistas vão poder fazer uma reflexão profunda e crítica sobre as políticas de gestão e tratamento dos arquivos históricos e, consequentemente, identificar caminhos mais seguros e viáveis que possam dar resposta às principais preocupações dos Estadosmembros inerentes ao assunto em discussão.
Adiantou ainda que, além de se discutir a questão da digitalização documental, não se deve esquecer o importante desafio que os países, sobretudo africanos, têm de erguer infraestruturas adequadas capazes de conservar dignamente estes arquivos para futuras gerações, têm a possibilidade de os também apreciar, analisar e estudar, se necessário for.