Depois de vários anos ausente dos palcos nacionais, o músico e compositor Ângelo Boss regressa ao mercado musical angolano, com concerto intimista, na noite do último sábado, 03, no espaço Escritório, em Talatona, que visou celebrar os 40 anos de carreira artística
Neste concerto intimista, com o qual brindou os fãs com temas que marcaram o seu percurso artístico, o músico esteve focado em resgatar a sua marca, apostando na divulgação dos recentes trabalhos.
O concerto, que arrancou por volta das 20 horas, contou com a participação dos músicos Big Boss (seu irmão mais novo), Walter Ananaz, Presilha, Mago de Sousa e Eddy Tussa.
A seu estilo peculiar, Ângelo Boss fez o público viajar no tempo, revivendo temas de sucesso que assinalaram a sua época de “glória”, como “Kimbo Kuia”, “Big Boss”, “Wassamba”, “Angola ku Muxima” e o mais recente “cheiro à jasmim”, numa noite inesquecível para quem esteve presente.
O músico aproveitou ainda a ocasião para, com o suporte dos artistas convidados, desafiar-se a recordar alguns temas musicais da sua trajectória, especialmente os gravados na década de 1990 e princípio do ano 2000.
Autor de vários sucessos como “Big Boss”, “Bebedeira” e “Angola ku Muxima”, Ângelo Boss disse estar a preparar novidades para os seus fãs e apreciadores do seu trabalho, assegurando que ainda este ano vai lançar a sua sexta obra discográfica.
“Estive ausente por algumas razões pessoais e profissionais, mas agora estou de regresso, e o foco é a comemoração dos meus 40 anos de carreira e também o reacender da minha presença no mercado nacional”, avançou o músico em entrevista exclusiva ao Jornal OPAÍS.
Novo trabalho discográfico
Focado em “reconquistar” o seu espaço no mercado, o músico adiantou que está a trabalhar em novos temas musicais que vão fazer parte do seu novo disco, como o qual pretende resgatar a sua mística e “matar a sede” dos fãs que, segundo sublinha, há anos que vêm aguardando por novidades da parte do artista.
Intitulado “40 anos”, o álbum, cuja produção está a cargo do Dj Beto Max, vai contar com uma variedade de estilos e géneros musicais, com destaque para a kizomba, Semba, Zouk, Antilhana e uma ‘pincelada’ de Tarraxinha.
Sem precisar datas de lançamento, Ângelo Boss garantiu que o disco será lançado ainda este ano e, de seguida, disponibilizado nas plataformas digitais. Em termos de participação, precisou que, apesar de ainda não estar concluído, até agora o álbum já conta com participações de músicos como Ivan Alekxei, Livongue, Beto Max e o seu irmão mais novo, Big Boss.
Optimista nos resultados, o artista avançou que já está a divulgar o álbum com alguns temas promocionais que já têm recebido sinais muito positivos por parte do público apreciador dos seus trabalhos.
“Já tenho uma música promocional que está a circular nas redes sociais e nas plataformas digitais, que é “cheira à jasmim”, com participação de Beto Max, e já está com bom feedback do público”, realçou.
Breve histórico do artista
Nascido a 4 de Dezembro de 1970, em Luanda, Ângelo Boss teve o primeiro contacto com os microfones em 1980, enquanto repórter infantil do programa Piô-Piô.
No mundo artístico, estreou-se ainda muito novo, com a música “Wassamba”, em 1984, uma composição de Rosa Roque, adaptada do livro “As Aventuras de Ngunga”, de Pepetela.
Em seu vasto percurso musical, o artista conta com cinco discos lançados, nomeadamente “Gato Preto”(1994), “Kota dá Só” (1998), ‘‘Huambo”(2001), “Angola ku Muxima” (2004) e “Kizomba Muangolé” (2010).