A académica Amélia Mingas é homenageada (a titulo póstumo) hoje, pela Academia Angolana de Letras (AAL), pelo seu contributo na valorização das línguas nacionais, na Linguística Bantu e na importância da investigação linguística no processo de estudo e compreensão da interferência das línguas nacionais no português falado em Angola
Enquadrada no projecto que visa prestar tributo a homens/mulheres de letras, com destaque para os angolanos que inscreveram os seus respectivos nomes nos anais da história de Angola, a homenagem inicia no cemitério Alto das Cruzes, às 11 horas, com a deposição de uma coroa de flores na campa onde repousam os restos mortais da académica.
Já no período da tarde, às 15 horas, acontece uma conversa para valorizar e enriquecer a discussão, no Auditório da Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto.
Além de se abrir a possibilidade da participação pública, estarão presentes membros fundadores e efectivos da AAL, assim como familiares e amigos da homenageada.
No encontro, prevê-se o testemunho de Jota Carmelino (viúvo), Ana Pita Grós Martins da Silva (discípula e ex-colega), José Octávio Serra Van-Dúnem (membro fundador da AAL) e outros convidados.
Numa iniciativa que busca perpetuar a memória de angolanos, com início em Dezembro do ano passado, a AAL homenageou o primeiro Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto, pelos feitos em prol da nação angolana.
A homenageada Num ano em que, caso estivesse viva, Amélia Mingas completaria 83 anos de idade no dia 17 de Dezembro, a AAL estende o seu gesto de homenagem a esta eminente académica angolana, mulher determinada, de trato afável e de alma altruísta, de sorriso franco e sincero.
Filha do também nacionalista André Rodrigues Mingas e de Antónia Diniz de Aniceto Vieira Dias, Amélia Mingas foi uma eminente nacionalista, linguista, académica e professora de créditos inquestionáveis, tendo produzido informação e estudos científico-académicos importantes para a compreensão do panorama sociolinguístico angolano e mesmo internacional, além de ter guiado e formado muitos estudiosos angolanos que contribuem significativamente no campo investigativo e académico nacional da Linguística, particularmente da Linguística Bantu.