Trinta e três alunos e cinco professores da Escola Francesa “Alioune Blondin Beye” de Luanda estão, desde terça-feira, em Mbanza Kongo, província do Zaire, para se inteirarem sobre o passado histórico-cultural desta cidade Património Mundial da Humanidade
Antes de chegarem a Mbanza Kongo, os integrantes do grupo escalaram, no domingo, o município do Soyo, onde tomaram em contacto a realidade histórica e cultural daquela localidade costeira da província do Zaire, no âmbito de um projecto apoiado pela Embaixada de França em Angola.
Chefiada pelo professor Avewangwana Pedro, a comitiva foi esta manhã recebida, em audiência, pelo governador provincial, Adriano Mendes de Carvalho.
Em declarações à imprensa, o professor de história disse que a caravana é composta por 33 alunos da 10ª classe, que estão a se inteirar sobre a história do antigo Reino do Kongo.
Informou que, em Mbanza Kongo, os sítios e monumentos históricos locais, com destaque para as ruínas da antiga sé catedral (Kulumbimbi), o museu e o cemitério dos reis do Kongo e outros merecerão a visita do grupo.
“Vamos permanecer em Mbanza Kongo até sexta-feira próxima, para absorvermos conhecimentos sobre o que ainda existe, na região, em termos do legado histórico desta capital do antigo Reino do Kongo”, asseverou.
Reconheceu, na ocasião, que o antigo Reino do Kongo, pela vasta região que controlava e que abarcava os actuais territórios da RDC, Congo Brazzaville e do Gabão se torna interessante à pesquisa científica.
“Trouxemos os alunos aqui para compararem os conhecimentos adquiridos em livros e com a realidade no terreno”, disse, frisando que no Soyo, primeira paragem desta peregrinação, foi possível visitar a missão do Mpinda e outros locais históricos.
Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial da Cultura , Turismo, Juventude e Desportos, Nzuzi Makiese, considera esta visita como uma demonstração do impacto histórico que o Zaire detém e em particular a cidade de Mbanza Kongo, elevada a Património Cultural da Humanidade, em Julho de 2017.
A responsável augurou que visitas do género fossem regulares, envolvendo estudantes e pesquisadores, com o intuito de conhecerem os factos históricos que nortearam a elevação de Mbanza Kongo pela UNESCO.
Convidou, também, a classe empresarial a investir no sector hoteleiro na localidade, com vista a proporcionar melhores condições de acolhimento aos visitantes.
Consta que, de Janeiro a Março do presente ano, mil e 926 turistas nacionais e estrangeiros visitaram a cidade de Mbanza Kongo, representando um aumento de 681 visitas em relação a igual período de 2022.