A Associação de Jovens Escritores do Sul de Angola (AJE-Sul Angola), sedeada na província do Huambo, critica a falta de apoio para a publicação de obras literárias e espaços para exposição de livros. A organização, virada ao interesse educacional e cultural, tem vindo a promover a construção de bibliotecas comunitárias e formar jovens para uma vida literária direcionada e apela por maior apoio à causa.
A mesma diz enfrentar dificuldades que a impossibilitam de realizar os seus objectivos como associação devido à falta de financiamentos para dar continuidade às suas acções. Em entrevista a OPAIS, o membro fundador e presidente da AJE-Sul Angola, Silvestre San-júlia, apontou as dificuldades que têm enfrentado como empecilho ao crescimento da organização que conta, igual- mente, com representações nas províncias de Benguela, Huambo, Cuanza Sul, Huíla e Bié. Conforme referiu, das maiores dificuldades constam a falta de espaços para expor livros e a ausência de financiamentos para a publicação de obras literárias”.
“Actualmente, por conta da evolução digital, a juventude tem-se esquecido do mundo académico e literário, não prestando atenção que a leitura nutre o intelecto humano”, frisou. Segundo ainda a fonte, baseada na união, ética e dignidade, a AJE-Sul Angola está focada no desenvolvimento da cultura literária e na formação e transformar das comunidades por intermédio do livro. Silvestre Sanjúlia defendeu, igualmente, maior parceria dos diferentes actores sociais para que haja um maior estimulo e crescimento da literatura no Sul de Angola para ajudar no crescimento intelectual dos jovens.
Neste sentido, para o lançamento de obras dos seus artistas, o responsável disse que a AJE-Sul Angola conta com as parcerias de Satchi Editora, JEZ Edições, Editora Alupolo, ALB – “Academia de Literatura do Brasil”, Fundação António Agostinho Neto e Edições Piaget Benguela. “Não será possível a publicação de livros se não houver parcerias”, apontou.