Enquadradas nas celebrações do ‘Dia Mundial da Língua Portuguesa, assinalado a 5 de Maio, as actividades arrancaram na tarde de segunda-feira, dia 06, com um “encontro sobre produção literária”, decorrido no Centro Cultural Camões, tendo como convidado especial o escritor português Carlos Peixoto.
No dia seguinte, Carlos Peixoto voltou a ser o convidado de honra da rubrica “Escritor do Mês”, no Camões, durante uma conversa de uma hora, onde pôde abordar vários assuntos em torno da literatura feita em língua portuguesa e os seus desafios a nível dos países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Na quarta-feira, dia 08, foi a vez do Instituto Guimarães Rosa (IGR), ou também conhecido como ‘Centro Cultural Brasil-Angola, acolher uma das actividades enquadradas nas celebrações da Língua Portuguesa. Por volta das 17h30, o IGR convidou Carlos Peixoto, que foi o artista de cartaz das celebrações, a participar da “Sessão Bolachão”, uma sessão de conversa cultural sobre os vários assuntos ligados à literatura e às artes, tendo como ponto de convergência o uso da língua portuguesa, não apenas como o idioma da comunicação, mas também como a ferramenta de expressão artístico-cultural dos vários povos e nações unidos por esta língua.
Na quinta-feira, dia 09, entre às 16 e às 18 horas, realizou-se uma “Caminhada Literária” do Centro Camões ao Instituto Guimarães Rosa, contando com a participação de dezenas de pessoas, entre escritores, artistas plásticos, amantes da literatura, membros da organização e entusiastas de diversas áreas artísticas.
Feira de Livros
No mesmo dia, entre às 10h e 16h, deu-se a abertura de uma feira de livros que contou com 12 feirantes, entre livrarias e editoras, cujas obras encontravam-se expostas no pátio de entrada do Centro Cultural Camões, por dois dias consecutivos. Entre os feirantes participantes destacam-se as presenças das editoras Acácias, É Sobre Nós e a Plural Editores, a livraria Kiela, a Lindomar Estúdio e Design, entre outras.
Telma Damião, feirante da livraria Kiela, destacou a vantagem da feira para a promoção das obras das livrarias e editoras, permitindo a criação de um ambiente propício para a emancipação da literatura e de poder despertar nos visitantes a paixão pelos livros, proporcionando sessões de leituras grátis.
“Está ser bastante positiva, porque, sendo este local um ponto estratégico porque está no centro da cidade, está a permitir que as pessoas ao saírem dos seus postos de trabalho passem aqui e tirem um tempinho para ler ou adquirir um livro e, assim, vamos promovendo o hábito de leitura no seio da sociedade”, considerou.
Quem também destacou o importante papel da feira na promoção e expansão dos livros foi o jovem Edmiro Helavoco, da livraria e estúdio Lindomar que, nas suas obras expositoras, trouxe, exclusivamente, livros destinados ao público infanto-juvenil.
O mesmo disse que a feira é uma iniciativa positiva para a divulgação dos trabalhos dos artistas nacionais e não só por meio das livrarias e editoras, frisando que actividades do género devem ser contínuas para facilitar o processo de reeducação da sociedade por meio dos livros.
Maria Ramos, feirante da Plural Editores, considerou também positiva a realização da feira do livro, tendo avançado que a organização criou um ambiente acolhedor e propício para que o público visitante sinta-se acolhido e motivado a adquirir um livro, acrescentando que “há livros para todos os gostos e preferências” disponíveis na feira.
“As vendas, por acaso, estão a ser boas, conseguimos vender algumas obras até mais do que esperávamos e, por isso, está a ser uma experiência muito positiva, tanto para nós, como feirantes, quanto para os visitantes, que têm aqui a possibilidade não apenas de comprar, mas também de poder ler um livro sem pagar nada”, disse.